A Ford Motor Co confirmou neste domingo a venda da Volvo, sua unidade sueca de automóveis, para a chinesa Geely Automobile Holdings Ltd por US$ 1,8 bilhão. Trata-se de um marco para a crescente indústria automobilística da China.
Sob o acordo, a Geely pagará um sinal de US$ 200 milhões e US$ 1,6 milhão em dinheiro pela Volvo Cars, empresa que atualmente vem dando prejuízo.
O grupo Ford espera que o negócio termine no terceiro trimestre, quando os assuntos regulatórios forem resolvidos.
A fabricante de automóveis americana continuará cooperando com a Volvo Cars em uma série de áreas depois que a venda se completar, de modo a garantir tranquilidade no processo de transição. No entanto, não ficará com nenhum negócio da Volvo.
As duas empresas seguirão trocando componentes automotivos durante algum tempo, como itens para motorização, por exemplo.
O presidente da Geely, Li Shufu, declarou que a Volvo manterá a identidade sueca e a independência estratégica. A equipe de gerenciamento da empresa permanecerá em Gothenburg. Mas a companhia chinesa quer que a Volvo aumente sua produção e utilizará experiência e rede de distribuição da Geely para alcançar esse objetivo.
A aquisição enfatiza a chegada da China como força importante na indústria automotiva global e põe fim a quase dois anos de negociações com a Geely sobre a Volvo.
Acordo desse tipo seria inimaginável alguns anos atrás para a montadora chinesa, que, numa projeção de 2009, tinha receita equivalente a 16% da arrecadação da Volvo e pouco mais da metade de seu quadro de pessoal.
O acordo mostra também que a crise global abriu grandes oportunidades para pequenos participantes do mercado. Foi o caso da fabricante holandesa de carros esportivos Spyker, que chegou a um acordo em janeiro para comprar a montadora sueca Saab da General Motors.
A Geely informou que assegurou todo o financiamento necessário para completar o acordo, embora a empresa ainda esteja interessada em um empréstimo do European Investment Bank.
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