A associação das indústrias afirma que, a partir da normalização do transporte no País, serão necessários dois meses para que a distribuição dos produtos seja normalizada. Segundo o superintendente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Carlos Corrêa, cerca de 80% dos varejistas tiveram o abastecimento de itens perecíveis afetado. Hoje, os perecíveis respondem por 36% das vendas dos supermercados. Na conta entram frutas, verduras, legumes, laticínios e carnes in natura.
Além dos prejuízos e das fábricas paradas, as fabricantes de alimentos - que processam bovinos, suínos e aves - também estão sofrendo com a dificuldade para alimentar os animais, uma vez que a paralisação do transporte afeta o acesso a insumos. Por isso, a associação que reúne fabricantes disse que cerca de 1 milhão de aves correm risco de morte. Cerca de 20 milhões de suínos também estariam recebendo alimentação insuficiente.
A entidade disse que 64 milhões de pintinhos e frangos já morreram no País - e a conta só deve aumentar. A ABPA diz que falta espaço nas granjas.
"Todos os dias nascem 21 milhões de pintinhos no Brasil - se as unidades não são esvaziadas, não há como criá-los", diz Ricardo Santin, diretor executivo da ABPA. O executivo diz que a questão é mais grave na Região Sul, líder na produção de aves. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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