Na terça-feira, 22, Maluf, de 86 anos, passou por audiência admonitória em que o juiz Alcazar estabeleceu obrigações ao ex-prefeito de São Paulo - entre as quais uso de tornozeleira eletrônica tão logo o Estado disponibilize o equipamento e a imposição de autorização judicial para deixar sua residência para atendimento médico.
"Permanecer em sua residência e dela somente se ausentar com autorização judicial, salvo para tratamento médico-hospitalar emergencial, com comunicação e comprovação a este juízo no prazo de 24 horas", decretou o magistrado.
Maluf foi condenado por crime de lavagem de dinheiro a 7 anos e nove meses de reclusão e cumpre pena em casa. O regime domiciliar foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Maluf foi condenado por lavagem de dinheiro que supostamente teria desviado dos cofres públicos quando exerceu o cargo de prefeito de São Paulo (1993/1996).
No dia 20 de dezembro, o parlamentar foi preso por ordem do ministro Edson Fachin, relator da ação penal contra Maluf no Supremo. Ele foi transferido para Brasília e começou a cumprir a pena na Penitenciária da Papuda.
Em 28 de março, o ministro Dias Toffoli pôs Maluf em casa, ao lhe conceder "prisão domiciliar humanitária".
Além da idade avançada, a defesa alegou que Maluf tem doenças graves como câncer e diabetes, "com possibilidade de deterioração rápida do quadro clínico no caso de manutenção da prisão" e hérnia de disco em estágio grave, com limitação severa de mobilidade.
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