Setecidades Titulo Mobilização
Professores da rede particular ameaçam greve na região
Kelly Zucatelli
22/05/2018 | 14:50
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Divulgação Facebook


Professores da rede particular de Ensino Básico do Grande ABC ameaçam entrar em greve, caso as escolas não fechem acordo de campanha salarial iniciada em março. Desembargador do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) apresentou proposta para o sindicato patronal das escolas, porém não foi aceita pela entidade. Empresários do setor têm até o fim da tarde de hoje para dar uma resposta.

O Sinpro (Sindicato dos Professores do ABC) fará mobilização amanhã, a partir das 7h, em frente à escola Externato Santo Antônio, em São Caetano. Às 14h, os profissionais se reunirão no sindicato e no fim do dia, às 14h, em frente ao Masp (Museu d e Arte de São Paulo), na Capital.

“Estão (os empresários) irredutíveis, não querem aceitar nada. A reforma trabalhista está sendo muito levada em conta por eles. Esperamos que os patrões tenham bom senso para resolvermos o mais rápido possível”, frisou o presidente do Sinpro, José Jorge Maggio. A entidade representa os professores da rede particular dos ensinos Básico, Superior e Sesi /Senai do Grande ABC.

A campanha para o Ensino Básico é a que está com maior dificuldade de negociação até o momento. Foi pedido reposição salarial com base na inflação, mais 2% de reajuste no salário, além do convênio médico. Algumas escolas acertaram, outras ainda não.

Já com os educadores do Sesi/Senai e do Ensino Superior as negociações andaram bem. O Sesi/Senai fechou acordo com 1,81% de ajuste salarial, mais o convênio médico.

Os professores do Ensino Superior ainda travam discordância com as empresas sobre a assistência médica. Alegam que as escolas querem que os funcionários tenham coparticipação no pagamento dos seguros Saúde. De acordo com o sindicato da categoria, os planos oferecidos são de qualidade inferior. A campanha de aumento de salário fechou em 2% de reajuste.

“Temos no Grande ABC cerca de 4.000 professores do Ensino Básico que aguardam uma posição. A situação deles é a mais complicada, as outras categorias estão mais adiantadas nas negociações para este ano”, pontuou Maggio.

Além do aumento de salário e do convênio médico, a classe discute também parcelamento de férias, fim da semestralidade e bolsa de estudos para os filhos dos professores.

A presidente da Associação das Escolas Particulares do ABC, Oswana Fameli, reforça que há total interesse do empresariado da região em entrar num acordo para uma equiparação dos interesses de ambos os lados. “Ninguém ganha com greve. Não faço parte da comissão de negociação, mas no Grande ABC nos manifestamos para que tenha um posicionamento que se adeque com a convenção. Os tempos mudaram e muitas categorias estão tendo que conversar para ajustar da melhor maneira para todos”, reforçou a líder da Associação.

A representante das escolas detalhou ainda que existem outras cláusulas como tempo de recesso dos professores, gratuidade de bolsas e outras garantias que estão sendo discutidas. “Precisamos rever algumas coisas para que tanto os professores quanto as escolas consigam manter qualidade, desempenho e modernização tecnológica.”
 




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