Eles foram acusados de tentativa de homicídio após agressão a empresário
Ex-vereador de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), se entregou ontem ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na região central da Capital. O político se apresentou junto com o filho Leandro Eduardo Marinho (PT). Ambos tiveram pedido de prisão decretado na sexta-feira pela juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, por tentativa de homicídio com dolo eventual.
Maninho foi encaminhado ao presídio de Tremembé, no Interior, após passar por exame de corpo de delito.
Na visão da defesa do petista, o próximo passo deve ser reapresentar pedido de liminar contra as prisões. “Com os mandados cumpridos, ou vamos reiterar a liminar ou aguardar o habeas corpus. Não podemos ir para outra instância, pois precisam se esgotar os recursos no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). É difícil prever o tempo do tribunal, mas acreditamos que em uns 30 dias poderemos ter uma decisão”, reconheceu o criminalista Roberto Vasco.
Ainda de acordo com Vasco, a demora para apresentação de Maninho à Justiça se deu por questões de saúde. “Ele é diabético e tinha uma série de coisas a fazer, como tomar providências em relação à saúde e portar receita médica.”
Maninho e Leandro foram denunciados pelo Ministério Público após agressão ao empresário Carlos Alberto Bettoni em frente ao Instituto Lula, no dia 5 de abril, quando o juiz federal Sérgio Moro expediu pedido de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Maninho e Leandro empurram Bettoni até o empresário de desequilibrar e cair. O manifestante contrário a Lula bateu a cabeça no para-choque de um caminhão que passava pela rua. Ele ficou internado na UTI por traumatismo craniano.
DEFESA - Um dia após o Diário mostrar que o PT evitava se manifestar sobre o caso de Maninho, o diretório estadual da sigla soltou uma nota oficial sobre a prisão, replicada por lideranças de Diadema, como o ex-prefeito José de Filippi Júnior.
“O que vemos é uma tentativa arbitrária de transformar em dolo uma fatalidade resultado da reação ao ódio e a onda de violência gratuita que busca criminalizar a política e legitimar os desmandos do Judiciário”, pontuou.
O comunicado ainda mencionou outros possíveis casos de violência sofridas por petistas. “Recentemente, presenciamos atos de violência contra nossos companheiros, como os tiros disparados contra a caravana de Lula, ainda na caravana, o ex-presidente estadual do PT Paulo Frateschi leva pedrada e tem orelha macerada, os tiros disparados contra companheiras e companheiros no acampamento Marisa Letícia. Mas esses e outros ataques passaram despercebidos por parte do Judiciário”, completou.
Maninho foi exonerado do cargo que ocupava no gabinete do deputado estadual Teonílio Barba (PT). O petista ocupava o posto desde o começo do ano passado.
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