O MP afirma ainda que teve acesso a vários relatos de panes durante o uso das armas, que geraram lesões a policiais. Na ação civil pública, os promotores pedem o pagamento de indenização de cerca de R$ 11,6 milhões a Forjas Taurus S/A - R$ 10 milhões por dano moral coletivo referente aos riscos causados à população do DF e R$ 1,6 milhão por dano material relacionado à venda das supostas armas defeituosas.
Na ação criminal, o MP cobra a responsabilização de seis executivos da companhia responsáveis pela venda do armamento. Eles são acusados por crimes contra as relações de consumo, por "comercializar produtos em condições impróprias e induzir o consumidor a erro".
O Ministério Público também recomendou que a Polícia Civil do DF recolha as armas adquiridas pela empresa em 2014. Em nota, o órgão de segurança informou que um edital de licitação internacional para a aquisição de 3 mil armas já está fase final de preparação. Entretanto, não deu detalhes sobre que irá fazer com as armas da Forjas Taurus S/A.
Em 2017, o Ministério Público Federal do Sergipe já havia entrado com ação civil pública contra a Forjas Taurus S/A pelos mesmos motivos. À época, a companhia negou falhas no produto.
A reportagem procurou a empresa, que não havia se manifestado até a publicação da notícia.
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