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SAM inicia contato com empresas fornecedoras da região

Fábrica, que irá produzir peças para aviões da FAB, deve concluir implantação até 2019

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
14/05/2018 | 22:14
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A SAM (Saab Aeronáutica Montagens), empresa que vai produzir componentes para aviões-caça da FAB (Força Aérea Brasileira) no bairro Cooperativa, em São Bernardo, iniciou contato com empresas da região para o fornecimento indireto. A primeira etapa foi um workshop com 55 empresas, sendo 35 da região.

De acordo com o diretor-geral da SAM, Marcelo Lima, as empresas escolhidas vão atuar na fase de implantação da fábrica. “São empresas que podem oferecer material ferramental, equipamentos gerais, consumíveis, serviços gerais e materiais de manuseio”, conta. “Inicialmente, o intuito foi a aproximação com a comunidade industrial do Grande ABC. Tanto que pedimos ajuda da Prefeitura e do sindicato, que forneceram listas, o que ajudou a fazer seleção. Também focamos em empresas que já vendem para multinacionais.”

Do total, cerca de 80% foram identificadas como capacitadas para o projeto, mas há pelo menos outras duas etapas antes da escolha. “Após essa apresentação, mandamos um questionário em que a empresa detalha como ela é formada. Depois da cotação, será feita uma concorrência para cada pacote”, explicou Lima.

A fábrica tem previsão de iniciar a linha de produção de freios aerodinâmicos, cone de cauda, caixão das asas, a fuselagem traseira e dianteira dos caças em 2020. O processo de instalação dos escritórios da parte administrativa, que já começou, deve estar concluída com a mobília e uma sala de reunião até setembro deste ano. Já a implantação fabril deve ocorrer entre outubro e o fim do ano que vem.

A SAM já selecionou duas empresas prestadoras de serviço, uma delas de TI (Tecnologia da Informação) e outra para limpeza e jardinagem, as duas são de São Bernardo. Atualmente, há nove funcionários contratados, mas a previsão é chegar a 55 empregos diretos a partir do início das operações e 200 até 2024.

O processo de empresas diretas, ou seja, que podem fornecer para os aviões, ainda está em fase inicial. “Nossa estratégia é conversar com parceiros do projeto do Gripen brasileiro, já familiarizadas com o setor aeronáutico. Temos profissionais visitando algumas empresas, e provavelmente faremos outro evento para fornecedores diretos, que deve acontecer entre o fim de 2018 e o início de 2019”, disse Lima. 




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