O presidente Donald Trump e membros do seu gabinete vêm monitorando a caravana de migrantes desde que ela partiu da cidade mexicana de Tapachula, perto da fronteira com a Guatemala, em 25 de março, e dizem que ela representa uma ameaça aos EUA .
O procurador-geral Jeff Sessions chamou a caravana de "uma tentativa deliberada de minar nossas leis e sobrecarregar nosso sistema", e prometeu enviar mais juízes de imigração para a fronteira para resolver os casos, se necessário.
Funcionários da administração Trump criticaram o que eles chamam de política de "prender e soltar" dos EUA. Essa política permite que pessoas que estejam pedindo asilo sejam liberadas nos EUA enquanto suas solicitações são analisadas pelos tribunais, um processo que pode levar um ano.
A chegada à fronteira entre San Diego e San Ysidro, a mais movimentada do país, marcou o fim de uma jornada de um mês para os migrantes, que viajaram a pé, em trens de carga e de ônibus. Muitos deles disseram temer por suas vidas por causa da violência em seus respectivos países.
Mas os viajantes enfrentam um futuro incerto enquanto se preparam para se entregar às autoridades dos EUA. Advogados de imigração dos EUA alertaram que eles podem ser separados de seus filhos e ficar detidos por muitos meses.
A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kirstjen Nielsen, disse que os pedidos de asilo serão resolvidos de forma eficiente. Ela advertiu, porém, que os requerentes que fizerem falsas alegações poderão ser processados, assim como qualquer um que ajude os ajude a fazer isso. Funcionários do governo afirmam que fraudes em solicitações de asilo estão aumentando e que muitos migrantes são orientados sobre como enganar as autoridades.
Os requerentes são normalmente mantidos por até três dias na fronteira e depois transferidos para a Imigração e Alfândega dos EUA. Se passarem pela triagem inicial, eles poderão ser detidos ou liberados nos EUA com tornozeleiras eletrônicas. Fonte: Associated Press.
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