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Alemanha diz que exclusão de candidatura marroquina à Copa levantaria suspeitas
25/04/2018 | 11:15
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O presidente da Federação Alemã de Futebol, Reinhard Grindel, alertou nesta quarta-feira que a candidatura do Marrocos para sediar a Copa do Mundo de 2026 deve ter permissão para participar da votação que definirá o organizador do evento, sem ser desclassificada antes disso, a fim de evitar qualquer questionamento sobre o processo de seleção.

O Marrocos é um grande azarão contra uma a candidatura das três nações da América do Norte - Estados Unidos, México e Canadá -, e os líderes de candidatura do país já manifestaram o receio de que os inspetores da Fifa podem desqualificá-la por ainda não contar com a estrutura adequada para o torneio.

Mas Grindel, que também é membro do Conselho da Fifa, declarou em entrevista à agência de notícias The Associated Press que uma exclusão poderia provocar o surgimento de teorias da conspiração.

A eleição do anfitrião da Copa de 2026 ocorrerá em 13 de junho em Moscou. "Se há apenas dois (candidatos), o congresso deve ter a chance de votar. Nós não precisamos de nenhum boato nesse processo", disse. Ele acrescentou que excluir um dos candidatos significaria que "sempre haverá um boato por trás de tal decisão".

A Fifa mudou seu processo de seleção para as sedes da Copa do Mundo após a votação de 2010 quando seu comitê executivo escolheu a Rússia e o Catar como anfitriões dos torneios de 2018 e 2022, respectivamente, ignorando as avaliações que essas opções representavam maior risco.

Depois disso, a Fifa montou uma força-tarefa para visitar e classificar candidatos em uma lista de critérios, e a autorizou a desqualificar qualquer candidatura com média menor de 2 em uma escala de 0 a 5.

O Marrocos precisa construir ou reformar 14 estádios e mais de 100 centros de treinamentos, enquanto a oferta da América do Norte já selecionou 16 estádios e conta com CTs suficientes para recebê-lo.

Ainda assim, o Marrocos tem apoio da África. Os mais de 200 países-membros participarão da votação aberta, com a escolha de cada federação sendo tornada pública no mesmo dia. Grindel disse que a Alemanha não decidirá antes de ler a avaliação da força-tarefa da Fifa. "Eu acho que a força-tarefa deve dar um relatório muito claro e deve dar a todos (os eleitores) uma declaração clara de qual oferta parece ser a melhor", disse.




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