Setecidades Titulo Mudança de temperatura
Clima seco traz alerta para meningite viral

Grande ABC registra casos da doença entre crianças, o que preocupa pais de estudantes

Bia Moço
Especial para o Diário
17/04/2018 | 07:50
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Celso Luiz/DGABC


 A mudança de temperatura serve de alerta para meningite, doença que tem preocupado pais do Grande ABC, tendo em vista casos confirmados da patologia entre alunos de escolas da região. A doença, que é um processo inflamatório das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), pode ser letal, mas, de acordo com especialistas, ainda não é considerada epidemia.

O Colégio Xingu, na Vila Valparaíso, chegou a confirmar um caso da doença aos pais por meio de comunicado. Aluna da Educação Infantil, de 3 anos, teve meningite viral confirmada. A mãe da menina, Karina Kalynytschenko Gonçalves, 40, destacou que quando recebeu o diagnóstico ficou preocupada, até porque, há oito anos, o filho mais velho teve quadro parecido, “Descobrimos no início, ainda bem. Fiquei bem preocupada. A Emily começou com muita dor de cabeça e vômitos. Ela não foi para escola enquanto esteve ruim, mas a médica explicou que o vírus é como o da gripe, então qualquer um está sujeito. É de se preocupar, sim.”

A equipe do Diário recebeu a informação de que mais quatro escolas da região tiveram casos confirmados, no entanto, não obteve confirmação das instituições até o fechamento desta edição.

A Prefeitura de Santo André informou que apenas um caso de meningite foi registrado na vigilância epidemiológica do município. Em São Bernardo, também houve um registro. Já em Ribeirão Pires, há dez pessoas contaminadas pela doença. Em Rio Grande da Serra houve confirmação de quatro casos. As demais cidades não retornaram até o fechamento desta edição.

O pediatra do Hospital e Maternidade Cristovão da Gama Hélio Krakauer explica que a meningite circula por todos os períodos do ano, no entanto, com a mudança na temperatura e clima seco é mais fácil de o vírus se espalhar, umas vez que torna mais fácil a transmissão de doenças infectocontagiosas. Ele explica que há dois tipos de acometimento: viral e bacteriana. “A viral, normalmente, costuma ser mais branda. Isso não impede de ter complicações mais graves. A bacteriana é mais forte, mas pode passar bem também e sem sequelas. No caso das virais não tem como prevenir, pois é transmissível como se fosse um resfriado. Já a bacteriana o cuidado é tomar as vacinas específicas”, diz.

Vômitos intensos, dores de cabeça e no corpo, e no caso da bacteriana, até mesmo manchas no corpo são os sintomas mais comuns da meningite. O médico acredita que crianças menores de 4 anos que estudem em escolas que tenham casos confirmados devem ficar em casa, afastados por precaução. “Além disso, é importante preservar a higiene, sempre lavando bem as mãos e usando álcool gel.”

 




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