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IBM é acusada de participar do Holocausto
Do Diário OnLine
12/02/2001 | 10:55
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A IBM está enfrentando um processo movido por judeus sobreviventes do nazismo em função do livro “IBM e Holocausto”, do historiador Edwin Black. De acordo com a obra, que será lançada nesta semana nos Estados Unidos, a empresa de tecnologia participou no processo de identificação de judeus, acelerando o processo de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial.

Os funcionários da empresa estão sendo alertados, através de um comunicado interno, sobre o livro.

Black afirma em seu livro, que a IBM utilizou uma tecnologia de cartões perfurados, um dos primeiros sistemas de computação, para identificar os judeus da Europa.

O porta-voz da empresa, Ian Colley, informou que a própria IBM entregou a universidades todas as informações sobre as operações da companhia na época do nazismo. ‘‘Se este livro mostra novas informações que permitem avançar no conhecimento desta trágica era, a IBM o examinará e pedirá a historiadores que façam o mesmo’’, disse a empresa no comunicado.

O jornal Fiancial Times informou que os sobreviventes do Holocausto pedem uma indenização milionária. No entanto, a empresa afirma não ter conhecimento do processo.

O principal executivo da IBM no período de 1915 a 1956, Thomas Watson, aparece como um negociador do governo de Hitler. De acordo com a IBM, a empresa ‘perdeu o controle’ de sua unidade na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, que passou a ser usada pelo governo nazista.

A subsidiária da IBM na Alemanha, a Deutsche Hollerith Maschinen GmbH, foi tomada pelos nazistas após a chegada de Adolph Hitler ao poder. Uma máquina fabricada pela companhia, e que acredita-se ter sido utilizada no censo alemão de 1933, ano em que Hitler foi nomeado chanceler, está exposta no Museu do Holocausto, em Washington.




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