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Região investiu R$ 488 mi em meio ambiente

Pesquisa do WWF e do Contas Abertas computou números entre 2013 e 2016

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
26/03/2018 | 07:00
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Pesquisa realizada pela ONG WWF e pela Associação Contas Abertas mostrou que as sete prefeituras do Grande ABC investiram, entre 2013 e 2016, o valor de R$ 488,6 milhões em ações voltadas ao meio ambiente. A soma levou em consideração os valores orçamentários das administrações municipais e também teve como foco os investimentos em saneamento básico.

No ranking do estudo (confira abaixo), Santo André aparece como a sexta cidade que mais disponibilizou recursos, com R$ 404 milhões ao longo do período avaliado. O volume tem relação com a existência do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), que é a autarquia que atua nas duas frentes pesquisadas.

De acordo com Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas, o levantamento não inseriu no cômputo a origem nem o tipo de serviço prestado nos municípios. “Temos diversos modelos pelo Brasil. Na parte de saneamento, principalmente, há casos de autarquias, de empresas privadas e de empresas públicas. Em algumas cidades, o volume de recursos pode ter sido um pouco mais elevado por conta de financiamentos internacionais. O foco do estudo foi levantar os números orçamentários apenas”, pontuou.

Na visão do pesquisador, a crise econômica afetou os investimentos da União em diversas áreas, atingindo por tabela as ações ligadas ao meio ambiente. “Todas as áreas têm perdido investimento. Como não é possível cortar despesas obrigatórias em Saúde e Educação, ministérios como Esportes, Cultura e Meio Ambiente acabam sendo mais impactados, e sempre existe uma preocupação para equilibrar os gastos”, alegou.

São Bernardo, com investimentos de R$ 28,7 milhões, afirmou, por meio de nota, que atualmente tem trabalhado no combate à construção de mais moradias irregulares por toda a região do pós-balsa, alinhando ações de fiscalização junto ao MP (Ministério Público). “Com o MP foram lacrados depósitos de material de construção que não tinham alvará de funcionamento. O transporte de materiais também passou a ter horário limitado e imóveis irregulares foram demolidos”, informou a Prefeitura.

São Caetano despendeu perto de R$ 26 milhões. Diadema aplicou, por sua vez, R$ 6 milhões. Já em Mauá foram R$ 9,6 milhões. Em Rio Grande da Serra consta a quantia de R$ 1,6 milhão. Ribeirão Pires direcionou quase R$ 13 milhões ao setor. O Paço ribeirão-pirense acrescentou que pretende investir R$ 3,2 milhões em ações ambientais neste ano. Entre os projetos destacados estão incentivos à cooperativa de reciclagem, a criação de um centro para a atividade e o reaproveitamento de resíduos da construção civil, “evitando os descartes irregulares nas margens de córregos e vias de pouco acesso”.  




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