Toninho estava afastado do cargo desde a sexta-feira, quando surpreendeu as federações estaduais ao deixar a função de forma provisória. Ele alegou que tiraria férias até o dia 20 de abril, embora tivesse gozado de férias coletivas com o restante da cúpula da entidade no fim do ano. Especulava-se até que ele tiraria licença médica.
Ele anunciou a renúncia na véspera da realização da assembleia geral anual da CBAt, que está marcada para esta segunda-feira, em Atibaia (SP). A presença de Toninho no evento era muito aguardada porque ele prestaria contas sobre a gestão da entidade em 2017 e falaria sobre o planejamento para este ano.
Entre as federações, havia o clima de cobrança ao presidente da CBAt por causa das recentes denúncias de irregularidade na gestão da entidade. Havia suspeita de fraude em um convênio entre a confederação e a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo sobre a realização do Troféu Brasil de 2014.
De acordo com reportagem do UOL, a CBAt alegou gastos na ordem de R$ 555 mil para pagamentos de alimentação e hospedagem de 370 atletas. Porém, os clubes é que são os responsáveis por estes custos. Haveria notas frias para justificar estes gastos, segundo a reportagem publicada no fim do ano.
As federações também contestariam Toninho na assembleia quanto ao fim do convênio da CBAt com o Ministério do Esporte. Pelo acordo, haveria a criação de uma rede de treinamento de atletismo, com centros instalados no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro. A rede era uma das apostas do atletismo brasileiro para o ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio-2020.
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