Uma mulher de Varese com problemas psicológicos e um menor de 15 anos de Piacenza, ambos do norte da Itália, reconheceram ter injetado lixívia em garrafas de água mineral com uma seringa. Se condenados, eles podem pegar até 15 anos de prisão, pena prevista para contaminação de água.
Os dois admitiram que fizeram isso para chamar a atenção dos meios de comunicação, que há dias dedicam grande espaço a este assunto.
A polícia suspeita que essas duas pessoas são simples imitadores de quem, por razões ignoradas, começou a furar garrafas de água mineral em meados de novembro e a introduzir substâncias tóxicas.
Em 21 de novembro passado, foi registrado o primeiro caso conhecido de intoxicação e, desde então, uma dezena de pessoas foram atendidas, nenhuma em estado grave.
A cobertura que os meios dão a estes casos tem produzido, por um lado, um aumento do alarme e, por outro, a decisão de outras pessoas de imitar os intoxicadores.
De fato, os primeiros casos se registraram no norte do país e agora o maior número de ligações para a polícia para denunciar garrafas contaminadas se dá no centro e sul da Itália.
O ministro da Saúde, Girolamo Sirchia, expressou uma queixa acerca da atitude dos meios, ao declarar que "quanto mais se fala destes episódios mais casos se registram".
No entanto, o consumo de água engarrafada na Itália não baixou, segundo a Mineracque, a federação de empresas do setor, o que demonstra "que o consumidor é mais maduro do que se pensa", em palavras do presidente dessa entidade, Ettore Fortuna.
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