Setecidades Titulo Após 12 anos
Sumiço de Amanda ganha novo capítulo

Polícia encontra roupas que podem ter sido usadas pela menina na data do desaparecimento, em 2006

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
16/03/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


  O desaparecimento de Amanda Oliveira Mendes, um dos mais emblemáticos do Grande ABC, em 2006, ganha novo capítulo. Após o desarquivamento do caso no fim do ano passado, a Polícia Civil encontrou, durante diligência, peças de roupas que podem ter sido utilizadas pela vítima, na época com 8 anos, no dia do seu desaparecimento.

Amanda sumiu no dia 30 de abril de 2006. Naquele domingo, o pai da família assistia a um confronto entre Corinthians e Ponte Preta pela televisão enquanto a mulher fazia café na cozinha. A garota, que havia brincado durante toda a tarde na porta de casa, desapareceu logo após o irmão mais velho sair para comprar café e deixar ela sozinha na escada de sua casa, na Rua Beneditinos, no Jardim Santo André.

Na última semana, no entanto,  quase 12 anos após a ocorrência, agentes da Polícia Civil realizaram diligências com apoio do Instituto de Geofísica da USP (Universidade de São Paulo), em residência situada na Rua Nelson Gonçalves – próxima à antiga casa da família. O imóvel foi apontado pelo pai de Amanda, Clodoaldo Antônio Mendes, 47, como local onde a vítima poderia estar enterrada.

“Verificou-se que a anomalia se tratava, em realidade, de uma rede de esgoto desativada, onde foram encontrados alguns objetos que foram apreendidos e encaminhados para perícia para constatação e descrição”, explica, em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Conforme relatos de vizinhos, no local teriam sido encontradas peças de roupas infantis, dentre elas um shorts que poderia ser da pequena Amanda. A SSP não confirmou a informação. Embora a investigação tenha avançado, até o momento não foram encontrados restos mortais da desaparecida.

A diligência, porém, é vista como vitória por parte da família de Amanda, principalmente pelo pai, responsável pela reabertura das investigações.

O caso de Amanda foi encaminhado no fim do ano passado pelo MP (Ministério Público do Estado de São Paulo) ao setor de homicídios da Delegacia Seccional de Polícia de Santo André para que a autoridade policial ouça o pai, filho e testemunhas indicadas pela família. Há, inclusive, simulação fotográfica da garota com a idade atual, 19 anos, para auxiliar nas buscas. “O inquérito tinha erros e abrimos processo contra o Estado por negligência”, observou o pai em outubro de 2017, quando voltou a cobrar respostas para o trauma familiar.

O desaparecimento de Amanda foi um dos motivos que levaram à separação dos pais dela, em 2007. Desde então, a família se dividiu. O irmão mais velho, Guilherme, 23, e Esther, 14, moram com Mendes. A mãe se casou novamente e teve outra filha.




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