Em discurso durante evento do PT e da Fundação Perseu Abramo na capital paulista, Gleisi admitiu que "querem prender o Lula e é para isso que está caminhando". Ela reforçou que o partido irá até "as últimas consequências" para defendê-lo. "A prisão do Lula não vai ser aceita com normalidade por nós", disse a presidente do partido. "Não é que nós vamos fazer insurreição, grandes mobilizações, mas não vamos aceitar calmamente. Nós vamos resistir." No discurso, a senadora disse que Lula pode ser derrotado, mas que "eles vão pagar o preço na sociedade brasileira e na sociedade internacional."
Partidos
Gleisi aproveitou o discurso para mandar um recado para partidos de esquerda que já lançaram pré-candidaturas ao Planalto. Ela disse que são legítimas as aspirações de Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Ciro Gomes (PDT), mas que esses partidos têm de entender que as eleições de 2018 não serão uma disputa "com normalidade". Defender o direito de Lula ser candidato é defender a democracia, alegou. "Deixar prender Lula é aprisionar o povo brasileiro."
Gleisi repetiu que a esperança do PT está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O partido cobra que a corte julgue as ações sobre condenação em segunda instância e possa rever o atual entendimento, que permite prisão após condenação em segundo grau.
A dirigente negou que o partido esteja pressionando o Supremo. "Eu nunca me senti pressionada quando recebemos juízes, desembargadores e ministros de cortes superiores no Congresso", devolveu. Ela rechaçou a discussão sobre outra candidatura no PT além de Lula. "Falar em qualquer outra possibilidade é jogar Lula para os leões", comentou.
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