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Para onde vai o nosso dinheiro?
Do Diário do Grande ABC
25/02/2018 | 11:02
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Fim do mês é sempre período complicado. As contas vão chegando, o dinheiro vai sumindo e o desespero, batendo. Com o orçamento que não fecha, logo nos fazemos uma pergunta: para onde vai o nosso dinheiro? Essa questão pode ser facilmente respondida pelos gastos mensais não elencados, extras ou supérfluos – tudo aquilo que não colocamos na ponta do lápis na hora do planejamento. Quando contabilizadas, essas despesas acabam somando valores expressivos durante todo o ano, sem que percebamos. Na compra de um carro, por exemplo, é muito comum as pessoas fazerem contas com base apenas nas parcelas e no seguro, e se esquecerem de impostos, combustível, lavagem, estacionamento, revisão, mecânico etc. Certamente, esses compromissos inadiáveis são responsáveis por quase meio carro zero-quilômetro a cada ano.

Outra paixão do brasileiro, os animais de estimação também devem ter os gastos calculados no orçamento. Alimentação, banho periódico e atendimento veterinário estão cada vez mais caros e, embora sejam rotineiros, quase nunca entram nas contas mensais. Não que ninguém deva deixar de se cuidar, mas os gastos com cabeleireiro, barbeiro, manicure e cosméticos, no ponto de vista das finanças, também podem ser considerados vilões quando não planejados. Mas não são só carros, animais de estimação e cuidados com a beleza que ‘desviam’ boa parte de nossos rendimentos mensais. Hábitos como o cafezinho do pré-expediente, o salgado da tarde ou mesmo a cervejinha do happy hour são menosprezados. Mas estão entre os principais gastos não controlados. Dificilmente o vale-refeição é suficiente para cobrir essas despesas e, de R$ 5 em R$ 5, mais de um salário são destinados a isso todos os anos.

Para que não haja susto no fim do mês, é importante que se liste todas as despesas. Fazer anotações semanalmente é boa alternativa para se ter relatório completo, que permite a mensuração do que poderia ter sido poupado e do que pode ser corrigido. Outra dica é sempre checar o prazo de vencimento das dívidas de longo prazo, como cheques, carnês e cartões de crédito. Entrar em situação de endividamento é algo que tira o sono de qualquer pessoa. O mais indicado é que se tenha bom-senso, sem se deixar levar por atos impensados. Para evitar complicações financeiras, é fundamental se programar, manter o foco em gastos realmente imprescindíveis e, desse modo, evitar o acúmulo de dívidas.

Esses pequenos gastos podem sair do controle e ser tão representativos quanto uma prestação. Evitar gastos supérfluos pode ser o ponto principal para a conquista de um sonho ou mesmo para que não se fique endividado.

Dora Ramos é educadora financeira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão.

Palavra do leitor

Resolvido!

 Quero agradecer à Prefeitura de São Bernardo pelo rápido atendimento à minha reclamação sobre o mato alto nas intermediações da Avenida Kennedy, em especial nos locais atrás do Sam’s e do Carrefour (Mato alto, dia 18). Espero que a manutenção lá se torne rotina.

Anderson Gonçalves

São Bernardo

Pedofilia

 Como cidadão e pai de família, registro meus respeitos e minha admiração a toda equipe do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) pela brilhante atuação ao prender 48 suspeitos de pedofilia (Setecidades, dia 21). Porém, envergonho-me com nossa legislação, descabida e desqualificada, que, depois de tanto esforço, vi pelo noticiário que 12 foram liberados após fiança. Pergunto aos brasileiros: por que não param o País por essa situação? A criança vale menos que a Previdência, intelectos de fachada? Nossos pequenos merecem mais respeito do que os senhores, que se apegam a interesses pessoais e se esquecem das crianças, que amanhã cuidarão de vocês. Quero lembrar aos pais e autoridades que fiquem atentos às pessoas que conduzem nossas crianças ao mundo da desgraça sexual. Colaborem, denunciem! Que Deus ilumine nossas crianças.

Edson Campelo

Santo André

Tudo ‘ótimo’ 

 Nosso carismático presidente, devidamente eleito e com mais de 90% de aprovação popular, seus ministros, deputados e senadores, todos honestos, não sugam nosso sangue, não. De 1985 até aqui, todos os impostos foram convertidos em benefício da sociedade. Eles não descuidaram de nada. Vejam a tranquilidade que é hoje a Cidade Maravilhosa, sem os bandidos. E assim está o Brasil inteiro. Esse é o resultado de tanta dedicação e trabalho. Não há rebeliões em presídios nem crime organizado e menos ainda bandidos soltos assaltando e matando gente de bem como antigamente. Criminosos no Brasil de hoje não têm vez. É tolerância zero! Governadores e prefeitos começam e terminam obras dentro dos prazos. E tudo sem propina. Não roubaram, não dilapidaram, não sucatearam e não querem acabar com nosso patrimônio. As concessões negociadas são 100% honestas. Para termos o Brasil de hoje, a dignidade conseguida e nossos direitos respeitados, nós os elegemos. Nem dá para comparar a situação de 1964 a 1985 com a de hoje, com tão nobres políticos altruístas e patriotas interessados no bem comum. Acorda, Brasil!

Nilson Martins Altran

São Caetano

Auxílio-moradia

 No Brasil dos penduricalhos, regado a regalias a servidores públicos de alta plumagem, nesta dança da esperteza institucional, atiça juízes federais, que, para não perderem o auxílio-moradia de R$ 4.300, ameaçam entrar em greve! E a data para decisão que definirá a legalidade deste condenável benefício será no dia 22 de março, no Supremo! Porém, os juízes não estão assim desamparados, já que pelo menos um voto a favor da permanência deste auxílio está garantido pelo ministro do STF Luiz Fux, que, como beneficiário, assim também sua filha desembargadora, em causa própria foi quem pediu vista deste processo em 2014, e somente neste ano devolveu para votação em plenário. Esses juízes, que, com essa greve querem manter esta boquinha do auxílio-moradia – apesar de terem seus imóveis próprios –, ganham mensalmente R$ 33,7 mil, ou US$ 10,4 mil, exato teto salarial para servidores públicos. 

Paulo Panossian

São Carlos (SP)




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