José Eduardo Acencio tatua no ombro local do Bruno Daniel no qual viu os primeiros jogos ao lado do pai
Torcer para uma equipe de futebol, na maioria das vezes, é questão de escolha. Este não é o caso de José Eduardo Acencio, predestinado a ser Santo André desde os primeiros minutos de vida. Filho de José Acencio, ex-diretor e conselheiro do clube, saiu da maternidade vestindo o uniforme e 30 anos depois resolveu eternizar o amor pelo time do coração com tatuagem no ombro direito, com destaque para a antiga marquise do Estádio Bruno Daniel, imortalizando a visão que tinha nos primeiros jogos do Ramalhão que assistiu.
O torcedor, que dificilmente perde um jogo, dentro ou fora do Grande ABC, decidiu fazer a tatuagem depois do acesso do Santo André para a Primeira Divisão, conquistado em 2016. Foram dois anos buscando imagem que fosse além do brasão. “Queria algo que toda vez que olhasse, admirasse”, explicou.
A imagem remete ao lugar no qual seu pai o levava para ver os jogos no Bruno Daniel. Antes da demolição da marquise, em maio de 2011, a diretoria do Ramalhão estava habituada a assistir as partidas na rampa de acesso atrás de um dos gols. O cenário era composto pela cobertura característica do estádio. No desenho dá para perceber a silhueta de dois torcedores, representando José Eduardo e seu pai que, apesar de ser conselheiro vitalício, há alguns anos se afastou da diretoria.
“Este ângulo é o da rampa atrás do gol, como se eu estivesse assistindo ao jogo. Foi onde aprendi a amar o Santo André. Foi ali que surgiu a paixão, onde a gente aprendeu a ver as partidas. Este cenário da cobertura demolida dá uma dor, uma saudade imensa. Queria eternizar isso”, ressalta.
O torcedor não mostra receio com a decisão que tomou e garante que jamais irá se arrepender. “Tatuagem de times grandes é fácil de achar e tem vários modelos, já do Santo André nem tanto. Medo (de se arrepender) não tenho nenhum. A única coisa é um sentimento de glória de ter feito. Arrepender jamais. Santo André pode até deixar de existir, mas, para mim, nunca vai morrer. É uma honra levar o Ramalhão na minha pele, dentro de mim”, comentou José Eduardo, que decidiu sozinho pelo desenho. “Foi uma surpresa. Não comentei com ninguém, apenas marquei, fui e fiz. Existe ainda certa parte da sociedade que reprova, tirando isso só foram elogios. Ouvi de muitas pessoas que tatuagem no tema futebol ainda não tinham visto nenhuma mais bonita”, conta, orgulhoso.
Esta não foi a única prova de amor de José Eduardo e de sua família. O torcedor já foi personagem de reportagem do Diário em maio de 2016, quando exibiu a numerosa coleção de ingressos que guarda. São centenas de bilhetes que comprovam a presença assídua nos jogos, principalmente depois de 2007. “Meu irmão (Bruno Acencio) também tem uma tatuagem do clube (brasão). Essa é uma das provas de amor que fizemos, eternizar na pele. Vivemos e respiramos o Santo André. Nossa chácara tem no fundo da piscina um grande escudo do Ramalhão, nas horas mais difíceis, nos anos mais árduos (de 2011 a 2015), com rebaixamentos em série, com o Bruno Daniel com portões fechados (por problemas estruturais), não abandonamos o time. Viajamos para todos os jogos, acompanhamos de perto todos os momentos de glórias”, finaliza o fanático torcedor.
Sto.André perde jogo treino para o São Caetano no Anacleto
Com intuito de dar ritmo aos reservas, Santo André e São Caetano se enfrentaram ontem em jogo treino disputado no Estádio Anacleto Campanella. O Azulão levou a melhor e venceu por 1 a 0, com gol de Ermínio ainda no primeiro tempo da atividade.
O Santo André, que se prepara para enfrentar a Ferroviária, amanhã, às 19h30, no Interior, pela sétima rodada do Paulistão, jogou com Zé Carlos; Foguete, Halisson, Douglas Marques e Heliton; Adriano, Davi Lopes, João Lucas e Aloísio; Guilherme Garré e David Ribeiro.
Já o Azulão, que vai encarar o Santos, também às 19h30 de amanhã, na Vila Belmiro, atuou com Paes; Pedro Costa, Magrão, Domingues e Lucas Pavone; Paulinho Santos, Marino, Paulo Vinicius e Nonato; Carlão e Ermínio.
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