O presidente estadual da Apeoesp e mediador do debate, Carlos Ramiro, chamou ao palco primeiramente Chaves , que entrou aplaudido pelo público - em sua maioria petista. Ao anunciar o nome de Damo, o silêncio tomou conta durante alguns segundos. O resultado não poderia ser outro senão as vaias. Ramiro reafirmou que os organizadores haviam protocolado o convite, mas a cadeira de Damo permaneceu vazia, sem um representante.
Sorte de Márcio Chaves, que ganhou um palanque e o microfone, do qual não largou por um minuto. "Esse é o sexto debate que ele (Damo) não comparece. É muito mais fácil caluniar do que apresentar propostas." O petista manteve a posição contrária à municipalização do ensino médio e fundamental, além de reafirmar o interesse de sediar a universidade federal do Grande ABC. "Já disponibilizamos a área para a construção da faculdade. O terreno na entrada da cidade era do INSS e foi comprado pelo município", afirmou.
A principal promessa do candidato aos educadores foi a de criar, nos próximos quatro anos, 10 mil vagas para alunos de creches e pré-escola. "Para isso será necessário contratar cerca de 600 funcionários", disse Márcio Chaves, que também seguiu a atual prefeita de São Paulo ao garantir a construção de CEUs (Centros de Educação Unificados). "Terminaremos esse governo com 17 escolas entregues e 24 mil vagas. Os CEUs em Mauá já estão em andamento, mas de uma forma diferente. O importante é que as famílias terão um clube público nos fins de semana", afirmou.
Além dessas propostas, o petista prometeu zerar o analfabetismo, fazer um censo dos portadores de deficiência física para garantir o acesso à escola, erradicar o trabalho infantil para evitar evasão e instalar câmeras para melhorar a segurança nas portas das escolas.
Resposta verde - O candidato a prefeito pelo PV de Mauá, Leonel Damo, disse que não foi ao debate porque já tinha assumido outros compromissos anteriormente. "Eles (petistas) fizeram isso para dizer que fugi do debate, mas trata-se de uma armação. Encheram o teatro para enrolar a população, mas o povo é inteligente e não agüenta mais esse número do azar que é o 13", disse em referência ao número do partido adversário.
A vice de Damo, Leni Walendy (PSDB), também criticou os petistas. "Eles sabiam que a nossa agenda não permitiria ir ao debate. Estão enganando os professores. É por isso que o Márcio não agrega", afirmou.
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