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Renda na região cresce 4,2% e atinge R$ 1.526
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
30/05/2011 | 07:29
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A renda média mensal da população do Grande ABC cresceu 4,2% em seis meses, aumentando de R$ 1.464,58, em agosto de 2010, para R$ 1.526,54 em fevereiro. Considerando apenas o grupo Santo André, São Bernardo e São Caetano, a expansão atingiu 6,5%, com salto de R$ 1.656,52 para R$ 1.764,49.

O levantamento antecipado pelo Diário faz parte da mais recente Pesquisa Socioeconômica do Instituto de Pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano. O estudo tem margem de erro de três pontos percentuais. A instituição coletou os dados nas sete cidades em fevereiro.

A distância das variações e valores entre o grupo das três cidades e o Grande ABC é explicada pela maior incidência de reajustes salariais inflados pela força de negociação dos sindicatos em São Bernardo e São Caetano. E boa parte da população das demais cidades conta com a variação do salário mínimo em seus dissídios, destaca o coordenador do Inpes/USCS, Leandro Prearo.

Ele acrescenta que no mercado informal o mínimo também altera as receitas. "As pessoas sabem que aumentou e sobem os preços dos seus produtos ou serviços", argumenta o pesquisador.

Com rendas médias superiores, São Bernardo e São Caetano puxaram o resultado da região, aponta o levantamento. O acréscimo da menor cidade do Grande ABC foi de 10,5%, com o valor chegando a R$ 2.098,62 contra R$ 1.898,66 registrados em agosto. São Bernardo teve alta de 10,8%, tendo em vista que a receita bruta média, em fevereiro, alcançou R$ 1.841,18.

E justamente nas duas cidades estão as montadoras da região, cujos trabalhadores tiveram dissídios superiores aos de outros setores. Outro fator apontado por Prearo é a demanda do mercado por mão de obra qualificada, o que agrega mais valor aos salários.

Os moradores de Santo André tiveram leve queda de 0,81%, passando de renda média de R$ 1.592,95 para R$ 1.579,90. "Mas esse resultado pode ser interpretado como estabilidade", ressalta Prearo.

Em Mauá, o faturamento médio teve expansão de 14,9%, chegando a R$ 1.250,85. E Rio Grande da Serra apresentou o maior crescimento, de 18,1%, para R$ 1.051,90. 

QUEDA - Além de Santo André, Ribeirão Pires e Diadema tiveram, respectivamente, quedas de 14,3% e 10,1% na renda média da população entre agosto e fevereiro.

 

Rendimentos totais dos domicílios caem 8,58%

Na contramão do aumento da renda da população de fevereiro ante agosto, o grupo Santo André, São Bernardo e São Caetano apresentou queda de 8,58% no rendimento familiar líquido na comparação anual de fevereiro.

A soma da renda de todos os integrantes da família totalizou, em média, R$ 3.611,99 em fevereiro, contra R$ 3.951,18 registrados no mesmo mês em 2010. Sobre agosto houve avanço de 1,58%. E em relação ao início da série histórica, em 2002, expansão de 6,99%.

O levantamento faz parte da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS. Para entrar no recorte, o integrante precisa ter algum tipo de receita, no entanto não há necessidade de contribuir com os gastos do domicílio.

REGIÃO - Como em fevereiro de 2010 o Inpes/USCS não coletava dados nas sete cidades, não há base de comparação. Mas de agosto de 2010 a fevereiro, o rendimento familiar líquido do Grande ABC caiu 2%, para R$ 3.057,85.

O coordenador do Inpes/USCS, Leandro Prearo, diz que uma das explicações para esse decréscimo é a queda de 2,5%, no mesmo período, do número de pessoas no domicílio que contribuem para a renda familiar. Isso pode se justificar no fato de que, durante a crise, muitos integrantes que não tinham emprego, como filhos e cônjuges, passaram a buscar uma ocupação para compor a renda familiar. Recuperada a estabilidade, eles deixaram de trabalhar.




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