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Clímax de um esporte em expansão

Futebol americano tem crescido no Brasil e fãs de todo o mundo acompanham hoje o Super Bowl

Por Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
04/02/2018 | 07:00
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Divulgação


O mundo dos esportes terá dia agitado neste domingo. Hoje, fãs espalhados pelo planeta estão ansiosos para ver o duelo entre o New England Patriots e o Philadelphia Eagles pela final da temporada 2017/2018 da NFL, a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos. Trata-se da 52ª edição do Super Bowl, como a partida única e definitiva da competição é conhecida pelo público. O jogo será exibido ao vivo com exclusividade pelo canal pago ESPN Brasil, a partir das 21h, mas toda uma programação temática agita a emissora desde as 14h.

Claro que nem todo mundo que acompanha a agenda esportiva é familiarizado com a modalidade, com tradição no cenário norte-americano, mas muitas pessoas já ouviram falar do evento, considerado um dos maiores do mundo. Para ter ideia de sua popularidade, no ano passado, contou com cerca de 111,3 milhões de espectadores somente nos Estados Unidos, com pico de público na TV chegando a 117,7 milhões. No Brasil, mais de 754 mil pessoas na rede paga de televisão foram impactadas pela disputa.

“Há semanas com oito jogos transmitidos no Brasil, algo inimaginável para quem acompanha o esporte desde o começo do século. As transmissões impulsionaram todo o resto, desde o consumo de jogos de videogame até a vontade de jogar o esporte”, analisa Victor Romualdo Francisco, editor-chefe do site Salão Oval (www.salaooval.com.br), com informações do futebol americano praticado no Brasil. “O grande trunfo do Super Bowl é transformar a decisão em verdadeiro espetáculo com o show do intervalo (neste ano, o cantor Justin Timberlake é a atração). Gente que nunca viu o jogo, todos os anos, acaba sendo atraída por conta dá apresentação. Invariavelmente, alguns viram fãs, o que ajuda a sustentar o esporte.”

A região também está inserida no universo do futebol americano e suas vertentes. Há quem prefira a modalidade flag football (onde se deve roubar a fita grudada no adversário para ‘derrubá-lo’ e não se usa a proteção vista na TV), como o time Santo André Werewolves, ou quem pratique o estilo mais tradicional, caso do ABC Corsários All Black, equipe adquirida pelo agora extinto São Caetano Blue Birds nesta temporada.

Henrique Sartori Martins, 17 anos, começou a praticar o esporte em 2016 após brincadeira. Um dos amigos o chamou para peneira em equipe local, ele apostou na possibilidade e atualmente está no elenco do ABC Corsários como wide receiver (posição ofensiva onde o profissional corre seguindo rota traçada pela jogada e precisa ficar livre para receber o passe para avançar ao máximo em busca do touchdown). “Talvez a parte mais fácil, para mim, é fazer a rota, correr mesmo. Como tenho menos porte físico do que os adversários, normalmente mais velhos, preciso sair da marcação e encontrar espaço”, diz o são-caetanense, que também atua como slot receiver e retornador. “É preciso entender o que você tem que fazer junto com todas as regras. Não é tão complicado, mas exige muito raciocínio, treino e estudo antes das partidas.”

Ele conta que, apesar do aumento do interesse dos brasileiros, poucas pessoas vão aos estádios para ver as partidas – com exceção de familiares e amigos próximos. “Gostaria, sim, de ser profissional jogando futebol americano, mas também vou começar, em junho, a faculdade de Engenharia. Vou dividir meu tempo entre os treinos e as aulas”, comenta Martins, apostando que o New England Patriots, do astro Tom Brady, irá conquistar o sexto título do Super Bowl. 




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