O encontro, segundo o líder do Movimento dos Médicos do Grande ABC, Romildo Gerbelli, ainda não tem data marcada, mas deve acontecer até a próxima semana. Se a negociação tiver resultado positivo, subirá para 64 o número de planos de saúde que atuam na região e que aceitaram rever os preços dos procedimentos médicos e reajustar os valores.
Nesta segunda, a reportagem tentou contato com o diretor da Unidas, Valter Lírio, mas ele estava fora de São Paulo. Na entidade, ele é o responsável pelas negociações com os convênios de autogestão que atuam no Estado de São Paulo.
As empresas de saúde que funcionam pelo modelo de autogestão pagam entre R$ 11 (Cooperbrás) e R$ 31,20 (Sintrajud) por consulta médica realizada. A maioria dos convênios paga menos de R$ 25 (veja quadro) - o mínimo inicial que vem sendo aceito pela comissão negociadora do movimento dos médicos. Dos 32 convênios subordinados à Unidas, 17 pagam valores inferiores.
A meta dos médicos é chegar ao valor de R$ 42 por consulta realizada. "Mas estudamos reajustes progressivos", afirmou o líder do movimento, Gerbelli, que espera com entusiasmo o desenrolar da menção da entidade em abrir as negociações.
Dos 32 convênios de autogestão, o Imasf foi o único que chegou a ser boicotado pelos médicos, no primeiro semestre.
Boicote - Atualmente, no Grande ABC cinco convênios médicos estão sob boicote. Para passar por qualquer consulta médica, os usuários da Medial, Amico, Interclínicas, Amesp e Blue Life precisam pagar do bolso R$ 42 e pedir, posteriormente, o reembolso junto à administração da empresa de saúde. As empresas pagam apenas o valor de tabela repassado aos médicos, que não chega aos R$ 42.
Na última assembléia realizada pelo movimento (criado em abril para forçar as empresas a rever as tabelas que não tiveram reajustes nos últimos dez anos), na quinta-feira passada, os médicos recusaram nove propostas. Além dos convênios sob boicote, não passaram pelo crivo dos profissionais as propostas da Samcil, Intermédica e Notre Dame. Os médicos também deram prazo até o dia 1º de novembro para que a Unihosp cumpra o acertado com a comissão no primeiro semestre. Ao término do prazo, o convênio entra automaticamente no boicote.
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