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Acidentes com crianças

Vem aí mais um Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças, em 30 de agosto, data instituída pela ONG Criança Segura

Cristina Baddini
27/08/2010 | 00:00
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Vem aí mais um Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças, em 30 de agosto, data instituída pela ONG Criança Segura para gerar alerta e ampliar a discussão sobre este tema tão importante.

Um estudo da ONG, com base em dados do Ministério da Saúde, mostra que o trânsito é responsável por 40% das mortes por causas externas (não decorrentes de doenças) de crianças e adolescentes de até 14 anos. Há sete anos, o número de crianças vítimas fatais tem caído, embora em um ritmo lento.

Em nenhum ano a redução foi superior a 7%. Em 2007, ano do último levantamento, 2.134 crianças morreram nas ruas e estradas de todo País. É importante ressaltar que qualquer criança, independentemente de sua classe social, está vulnerável à ocorrência de um acidente.

Meninos e meninas
Os atropelamentos são a principal causa de mortes de crianças no trânsito e respondem por 48% dos acidentes fatais. O número de meninos vítimas desses acidentes é praticamente o dobro do número de meninas e a faixa etária mais atingida está entre 10 e 14 anos já que os meninos brincam mais pelas ruas, correndo, jogando futebol ou soltando pipas. Por isso, eles são mais vulneráveis que as meninas.

Julgamos que no trânsito a criança reage como os adultos. Engano! Na verdade é que a criança não consegue pensar e reagir a vários estímulos ao mesmo tempo. É difícil para uma criança observar o sinal luminoso e os veículos em movimento ao mesmo tempo.

E mais, a criança procura sempre satisfazer as suas necessidades imediatas - jogar, movimentar-se e chegar à escola ou a casa rápido, ir com os pais que estão do outro lado da rua ou apanhar a bola. Qualquer coisa é mais importante para uma criança do que dar a atenção ao trânsito. Ela não acredita na morte e portanto, não tem noção do perigo e dos riscos de morrer.

A criança não é um adulto em miniatura! Só crescendo é que a criança aprende o essencial! Podemos e devemos ajudá-la, mas é preciso esperar que ela cresça!Nós é que temos de ser prudentes!

Nós, adultos, é que temos que modificar o nosso comportamento!

A prevenção é a principal saída para a redução dos acidentes, mas esta ainda permanece como um desafio. A prevenção não é encarada como prioridade no País. Muitas vezes é necessário que os problemas ocorram - dengue, Aids, alagamentos, drogas - para só depois se analisar os prejuízos e planejar ações corretivas.

Além disso, o acidente nem sempre é notificado e tratado como tal, gerando ainda mais obstáculos na busca de soluções. Com a conscientização da sociedade, pelo menos 90% dos acidentes poderiam ser evitados com atitudes preventivas.

A iniciativa é louvável! Espero que as instituições se organizem para desenvolver ações ligadas à prevenção de acidentes com crianças promovendo maior conscientização sobre o tema em suas comunidades. Todos podem participar: ONGs, escolas, universidades, órgãos públicos ou privados, parceiros ou não da Criança Segura.

A ação pode ser ato público na comunidade, atividade com alunos, ensaio fotográfico sobre o tema, peça de teatro ou documento direcionado ao prefeito da cidade por exemplo.

Mais informações no site: http://crianca-segura.ning.com/.




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