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Mesmo enfermo, papa viaja a Pompéia na terça-feira
Da AFP
06/10/2003 | 11:41
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O papa João Paulo II realiza nesta terça-feira uma viagem de poucas horas a Pompéia, onde rezará pela paz no mundo no santuário da Virgem Maria. A visita marcará o fim do ano do rosário, proclamado em outubro de 2002 para conclamar que a oração de origem medieval voltasse a ser praticada.

Devoto fervoroso da mãe de Jesus, o papa já se ajoelhou em todos os famosos santuários consagrados à Vigem Maria durante seus 25 anos de pontificado. Segundo seus colaboradores, o papa pretende rezar pela paz no Oriente Médio e pelos conflitos na África e na América Latina.

A visita ao santuário italiano é a última viagem que programou para este ano. Esta é a segunda vez que o Papa visita Pompéia, onde já esteve em 1979, um ano depois de ter sido eleito para o Trono de Pedro.

Para esta viagem, foram tomadas importantes medidas de precaução para o caso da saúde do pontífice se agravar. Quatro hospitais da região de Campanha foram colocados em alerta para que disponham dos equipamentos necessários para atender o Sumo Pontífice, que viaja acompanhado por seu médico pessoal.

Depois de sua peregrinação a Pompéia, não foram anunciadas outras viagens, apesar dos rumores que falam de uma visita à França e à Suíça em 2004. O certo é que João Paulo II está determinado a continuar viajando, mesmo que seus deslocamentos sejam cada vez mais visivelmente difíceis para ele.

Para facilitar sua ida a Pompéia, o Vaticano instalou um pequeno elevador que vai permitir que o papa suba e desça do helicóptero com sua poltrona de rodas, uma espécie de cadeira de rodas mais confortável e elegante.

"João Paulo II jamais renunciará a viajar. Se não puder viajar, Deus vai chamá-lo", comentou recentemente o monsenhor alemão Georg Gaenswein.

Por sua parte, o cardeal Giovanni Battista Re, prefeito da Congregação dos Bispos, fez declarações mais tranqüilizadoras. "O papa está lúcido intelectualmente. Não vejo nada de preocupante", declarou ao jornal La Repubblica.

Segundo fontes médicas, o tratamento pelo qual passa faz com que o papa se sinta relativamente bem por cerca de três horas, depois do que se vê cansado e com dificuldades para falar.




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