Na Praça das Figueiras, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, o Toca Rauuul reuniu seus seguidores no sábado, apesar do mau tempo. O grupo, que surgiu em 2001, toca o repertório de Raul Seixas ao som de frevo, samba, marchinha e maracatu. Os integrantes deram tom crítico a seu show, que tem clássicos e lados B do compositor baiano. A apresentação foi pontuada por um protesto bem humorado contra a prefeitura do Rio, que vem sendo acusada pelos blocos e também pelas escolas de samba de menosprezar o carnaval, por conta da redução de verbas e incentivos e outras medidas.
"Quer o prefeito queira, quer não, o carnaval chegou!", anunciou um dos cantores do grupo. Os frequentadores endossaram: "Tomara que o carnaval deste ano seja marcado por uma resposta das pessoas à prefeitura, que seja ainda melhor. O Rio de Janeiro não quer ser Salvador", defendeu a jornalista Cecilia Gamboa, de 38 anos, referindo-se à criação do Blocódromo, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca (zona oeste), destinado a blocos grandes. "Vai ser o carnaval da resistência. Claro que o carnaval deve ser organizado, mas a gente vai estar onde quiser", disse a arquiteta Maria Claudia Lima, de 43 anos.
No Escravos da Mauá, foram recolhidos pedidos de foliões para serem encaminhados em um barquinho para Iemanjá. O mais comum foi: "democracia".
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.