Nos bastidores do Palácio da Cerâmica, em São Caetano, já se especula a composição de chapa novamente petebista como ocorreu em 2004 e 2008, só que agora com um candidato içado do Legislativo e outro do secretariado para formar a candidatura governista para as próximas eleições municipais de 2012, porém esse cenário não seria a preferência do prefeito José Auricchio Júnior (PTB), que não estaria avesso a coligações e aberto ao leque de partidos aliados.
Apesar de granjear em torno de seu nome apelo junto à terceira idade - cerca de 17% da população -, o vereador Paulo Pinheiro (PTB), de acordo com fontes ligadas ao Paço Municipal, perdeu parte da força política que angariava nos corredores do Paço e diminuiu a possibilidade de viabilizar seu quadro ao pleito. Nos corredores especula-se que o parlamentar não possui apoio na base, conquista adesão vetorizada em poucos bairros e não aglutina união na Câmara.
Por outro lado, no quarto mandato parlamentar, Pinheiro acredita que essa é a grande oportunidade da trajetória política para disputar o cargo. "O pessoal do meu grupo entende que devo ser candidato a prefeito. Faremos chamamento na época oportuna, claro que também depende de todo o grupo, mas devo colocar na pauta a concretização do meu desejo e dar meu nome para ser avaliado", admitiu o petebista.
Segundo Pinheiro, a gama de possibilidades dentro do próprio PTB é benéfica para a democracia. "Temos bons nomes no partido que comungam do mesmo anseio, inclusive vereadores que, assim como eu, estão há alguns mandatos no Legislativo. Por isso, acredito que a pesquisa, que está sendo comentada, seja um indicativo para consolidar o nome do mais cotado para dar continuidade aos projetos do Executivo. Mas é claro que o prefeito tem as suas opções e isso é natural", avaliou.
O levantamento, que tende a ser realizado no último ano de mandato de Auricchio, segundo a Prefeitura, exporia o postulante do grupo governista com maior chance de vitória. Porém, a demora do nome escolhido pelo Paço já é considerada prejudicial pelos envolvidos. "O candidato deveria ser apoiado o mais breve possível, senão fica difícil fazer campanha. O ideal seria lançar com um ano de antecedência para dar tempo de divulgar o nome nas ruas."
Entre os quadros fortes do secretariado estão a assessora especial de coordenação de Ação Social, Regina Maura Zetone, o chefe de Gabinete, Luiz Antônio Cicaroni, e o diretor-geral do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Luiz Carlos Morcelli.
Curiosamente, após o romance do PPS municipal, liderado por Marquinho Tortorello, com o vereador Paulo Bottura (PTB), o panorama do líder de governo na Casa voltou a ser alardeado entre os pares para ocupar a presidência da Câmara no próximo biênio e assim já alçar sua pretensão de concorrer à corrida para a Prefeitura.
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