A Fifa suspendeu o presidente da CBF por 90 dias diante das referências à corrupção que foram feitas ao brasileiro durante o processo que julgou e condenou José Maria Marin, ex-presidente da CBF na Justiça dos Estados Unidos. Del Nero, segundo a procuradoria norte-americana, teria recebido US$ 6,5 milhões (R$ 21 milhões) em propinas por contratos de TV e de torneios.
Durante o julgamento, os advogados de Marin tentaram jogar a culpa em Del Nero, argumentando que era ele o real presidente da CBF. Agora, as posições se inverteram. Os advogados de Del Nero insistem que os documentos do processo não trazem provas que vinculem ou provem pagamentos diretos ou indiretos para o seu cliente.
Ao longo de meses, a procuradoria norte-americana reuniu gravações telefônicas, grampos, planilhas e outros documentos que sustentaram a condenação de Marin. Várias testemunhas, porém, citaram textualmente a presença de Del Nero em reuniões que se estabeleceu o pagamento de propinas, assim como anotações e dados sobre as transferências ao brasileiro.
Para os advogados, esse mesmo órgão, em dois anos e meio de supostas investigações contra Del Nero, não produziu uma só linha de provas contra o brasileiro. Tudo o que existe foi "importado" de Nova York, o que para a defesa invalidaria uma decisão da Fifa, que precisaria produzir suas próprias evidências.
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