‘O Rei do Show’, com Hugh Jackman, mostra que o impossível, na verdade, não existe
“A arte mais nobre é fazer os outros felizes.” Phineas Taylor Barnum, ou P.T. Barnum, autor da frase em questão, nasceu em 1810, em Connecticut, nos Estados Unidos, e teve uma infância humilde. Nunca deixou, ainda que levasse rasteiras e tapas na cara da vida, literalmente, de acreditar nos seus sonhos. Não à toa se tornou um dos maiores showmen da história e ficou conhecido como o criador do circo moderno.
A trajetória peculiar deste homem inspirou o longa O Rei do Show, em cartaz nos cinemas da região (veja programação na página 3). O protagonista é interpretado por Hugh Jackman (X-Men, Logan), que se dedicou quase a última década toda ao projeto, junto com o diretor Michael Gracey.
A trilha – um atrativo à parte, já que se trata de um musical – é assinada por Justin Paul e Benj Pasek (La La Land). O filme tem três indicações ao Globo de Ouro de 2018: melhor filme comédia/musical, melhor ator (Jackman) e melhor canção original, com This Is Me.
Jackman faz um Barnum sonhador, apaixonado, determinado e humano, mas conta de forma en passant o que aconteceu com o showman da vida real, que chegou até a ser chamado de ‘rei da falcatrua’ à sua época. A palavra de ordem do musical, que passaria facilmente por um conto de fadas, é entreter.
E, de fato, consegue o feito. Barnun se casa com a filha do ex-patrão de seu pai, que sempre o desdenhou, e com ela tem duas filhas. Sem emprego e infeliz em sua vida profissional, decide comprar um museu de curiosidades que, de início, não faz sucesso.
Ele usa de uma dica das crianças para criar, então, um show que passa a contar com tipos bizarros, entre eles um homem tatuado, outro muito grande, um anão, mulher barbada, entre outras figuras. Atrai, de imediato, um público consistente. Sem preconceitos, ele faz pessoas rechaçadas pela sociedade e até por suas famílias – talvez uma forma de se fazer ser visto também, já que sempre viveu à margem por ser pobre – serem notadas.
E aí mora a mágica do filme, que conta com belíssimas cenas, ótimo elenco – com Zac Efron (Baywatch) e Zendaya (Homem-Aranha: De volta ao lar) – e uma narrativa que atende ao público de todas as idades. Se a ideia de Barnum era fazer os outros felizes, a produção cumpre com maestria a intenção do biografado, ainda que a ‘licença poética’ tenha sido usada sem freios no roteiro.
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