Presidente da Casa, Pio estimava retornar R$ 8,6 mi, mas transferiu R$ 9,6 mi
A Câmara de São Caetano devolveu ontem R$ 9,6 milhões para a Prefeitura. Os recursos não foram utilizados pelo Legislativo ao longo do ano e devem compor o superavit anunciado pelo prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).
A soma foi maior do que a prevista inicialmente pelo presidente da Casa, o vereador Pio Mielo (PMDB), que era de R$ 8,6 milhões.
O peemedebista afirmou que a quantia acabou aumentando após uma revisão final feita pelo departamento financeiro da Câmara. “Consideramos na devolução uma aplicação financeira que rendeu quase R$ 300 mil em juros e alguns empenhos em processos licitatórios que foram cancelados. É uma economia representativa, tanto no ponto vista nominal quanto no percentual, mostra compromisso com a cidade”, comentou.
Para Auricchio, a entrega do duodécimo – parcela mensal de repasses do Executivo para a Câmara – ajudará sua administração a equilibrar as finanças. “A devolução tem um peso significativo no superavit estimado de R$ 34 milhões (de 2017). Agora precisamos consolidar o novo Orçamento, encarar a real capacidade de investimento da cidade e cumprir o programa de governo, com todas as ações em Saúde, Educação, Segurança e geração de emprego”, prosseguiu o tucano.
ECONOMIA
Pio Mielo destacou ainda que será difícil repetir o mesmo nível de economia no ano que vem e que o Legislativo já projeta alguns investimentos. “A nossa ideia é adotar a certificação digital, o que elimina o uso do papel. Esse tipo de gasto pode pesar em um primeiro momento, mas gera economia por um prazo maior”, pontuou.
Neste ano, o Legislativo criou comissão de eficiência dos gastos públicos, que efetuou o monitoramento dos contratos. Além disso houve corte de 20% nos cargos comissionados, passando de cinco para quatro em cada gabinete, o que representou redução de 19 funções. A frota de veículos, composta por dez carros oficiais, também foi entregue ao Executivo e acabou sendo outra medida de redução de gastos.
A Prefeitura também adotou medidas de contenção de gastos como a que renegociou contratos, com média de economia de 25% e conseguiu reduzir as despesas com pessoal em 21,5% e de custeio em 29,4%
A administração de Auricchio exonerou cerca de 2.000 funcionários, congelou 30% dos cargos comissionados e devolveu ainda 43 carros alugados. Essas medidas devem render contenção de R$ 12 milhões por ano.
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