Seus filmes possuem todos a mesma pegada - vidas tristes, desoladas. Numa entrevista por telefone, de Lisboa, Teresa disse que não fez Colo para discutir o que é certo ou errado, na vida das pessoas e das famílias. O que ela quis foi dar seu testemunho.
"Nossa economia melhorou um pouco, mas os jovens que se formam ainda tem dificuldade para conseguir emprego. E a situação é muito pior para pessoas na faixa dos 40, 50 anos - tenho 51 -, porque com essas o mercado é cruel. As pessoas que veem Colo não me dizem que é a história delas, talvez por vergonha, mas todo mundo conhece alguém assim. Mas eu não quero passar um sentimento de derrota."
A diretora acrescenta que Portugal é um país muito bonito, e caloroso. "Muita gente, inclusive aí do Brasil, vem para cá para construir a vida, e consegue. O que me preocupa é a minha geração. Bem ou mal, faço meus filmes. O importante é refletir."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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