Após duas derrotas consecutivas na Câmara de Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) conseguiu conter a possibilidade de a oposição voltar a ser maioria na Casa. Na sessão de ontem, o governo verde emplacou a aprovação de textos estratégicos.

A vitória só não foi completa porque o governo não conseguiu votos suficientes para aprovar um dos principais projetos, que prevê autorização para que a Prefeitura contraia empréstimo na ordem de R$ 125 milhões com a Caixa para construção de outro hospital municipal. Protocolado no Legislativo desde o dia 1º, o texto foi adiado pela segunda vez e voltará à apreciação na semana que vem, no último encontro antes do recesso.

O cenário favorável ao Paço só foi possível com o apoio dos cinco parlamentares do DEM (Salek Almeida e Pretinho) e do PPS (Audair Leonel, Companheiro Sérgio e Boquinha), que há duas semanas ameaçavam desembarcar do governo.

Com a base aliada fechada em 13 parlamentares, contra sete da oposição, o governo Lauro emplacou a aprovação do projeto que regulamenta a contratação de servidores efetivos por parte das OSs (Organizações Sociais) que no futuro deverão atuar em equipamentos de Saúde do município.

Para dar tempo de praticamente limpar a pauta em definitivo ainda ontem, o presidente da Casa, Marcos Michels (PSB), antecipou a sessão para as 10h – os trabalhos iniciam semanalmente às 14h – e convocou sessão extraordinária, que encerrou por volta das 19h. O movimento pró-governo aprovou a LOA (Lei Orçamentária Anual) para 2018 e derrubou 99 emendas dos oposicionistas Josa Queiroz e Ronaldo Lacerda (ambos do PT). A única emenda aprovada foi justamente de Pretinho. A peça orçamentária prevê arrecadação de R$ 1,45 bilhão para o próximo exercício.

A Casa também avalizou o PPA (Plano Plurianual) e o plano de obras para 2018.