Que os jovens são o futuro do País todos sabem. Ou melhor, deveriam saber. Capacitar os mais novos e dar condições para que eles possam se desenvolver da melhor maneira possível precisam ser as metas de todos aqueles que estão no poder. As novas gerações necessitam de atenção integral, de investimentos em setores prioritários como Saúde, Educação, Cultura e Lazer. Suprir tais demandas tem de ser visto como prioridade absoluta.

Saber que três cidades do Grande ABC estão entre as mais seguras do Brasil para pessoas com idades entre 15 e 29 anos, de acordo com os números da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e que São Caetano é a líder deste ranking – seguida por Santo André e São Bernardo –, causa certo conforto, mas não deve jamais ser encarado com acomodação.

Ainda há muito o que fazer, principalmente nos demais municípios da região. Ribeirão Pires e Mauá figuram no mesmo estudo com a classificação média baixa e, Diadema, como média.

O Índice de Vulnerabilidade elaborado pela instituição internacional leva em conta fatores como a exposição à violência, permanência na escola e escolaridade, inserção no mercado de trabalho e contexto socioeconômico, tendo como base as informações referentes a 2015.

A frieza dos números, no mínimo, mostra um degrau nas condições enfrentadas pela população em razão da cidade em que mora. É como se houvesse uma separação de classes (ou castas) determinada pelo que cada localidade pode oferecer.

A regionalidade é – e sempre foi – uma das bandeiras deste Diário. Aliadas, as sete cidades formam a quarta maior economia do País. É primordial que isso se reflita também em outros indicadores. A atuação conjunta, liderada pelo Consórcio Intermunicipal, na implantação de políticas voltadas aos jovens pode muito bem significar a transformação no sentido de que eles tenham mais segurança para crescer e aparecer.