Em relação ao corte nos custos, Barbosa disse que já existe um grupo multidisciplinar dentro da CVM analisando maneiras de aumentar a eficiência dos processos internos e aberto a receber sugestões dos entes regulados. A conclusão do trabalho deverá se desdobrar em várias iniciativas, ao longo do seu mandato, para tornar os serviços mais amigáveis e transparentes. "É um trabalho difícil, pois, ao mesmo tempo em que vamos tornar o custo mais palatável, não podemos abrir mão da segurança de investidores", declarou.
O presidente da CVM citou também a necessidade de incentivar a entrada de mais participantes no mercado financeiro, que é pequeno, em torno de 500 mil pessoas, e estável há alguns anos, segundo sua avaliação. "O número de investidores individuais foi ultrapassado pelo número de investidores em bitcoins", apontou. "Vamos reduzir esse abismo pela educação financeira e pela oferta de serviços de qualidade", emendou".
Barbosa acrescentou que a CVM precisa colocar na pauta uma discussão sobre financiamento e a capacitação profissional. "É importante ter condições de monitorar o mercado e acompanhar o regulado mais de perto", argumentou.
Barbosa lembrou que, ao assumir a CVM, foi cobrado por interlocutores para que anunciasse com clareza seus objetivos à frente da instituição. No entanto, ponderou que teria condições de divulgar seu foco de atuação depois que olhasse mais de perto o funcionamento da autarquia. "Passei um mês conversando com pessoas diferentes, desde analistas a superintendente. Foi uma grande experiência", contou.
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