Atualizado às 15h42
Teve início por volta das 14h20 desta segunda-feira reunião entre representantes do Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse) e lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). O encontro acontece na sede do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
A ideia é que seja definida uma forma menos conflituosa para a desocupação de área no bairro Assunção, em São Bernardo. O espaço, que pertencente à MZM Incorporadora, é ocupado desde o dia 2 de setembro por aproximadamente 7 mil famílias. Cerca de 200 integrantes do MTST estão na frente do tribunal e gritam palavras de ordem.
Participam da reunião o presidente do Gaorp, juiz Valdir Ricardo Lima Pompeo Marinho; os advogados da incorporadora, Francisco Diogo Magnani e João da Costa Faria; os advogados do movimento social, Felipe Eduardo Narciso Vono e Ramon Arnus Koelle; o secretário de Habitação de São Bernardo, José Abukater Neto, o secretário de Assuntos Jurídicos e Cidadania da cidade, José Carlos Gobbis Pagliuca; e representantes da procuradoria-geral do município.
Na abertura da audiência, o juiz Marinho deu espaço a representantes do MTST e da MZM para fazerem suas considerações. Vono destacou que o movimento tem negociado com o Estado, incluindo propostas de terrenos e cadastros das famílias, porém pediu uma segunda reunião com o Gaorp. Segundo o advogado, este prazo compreende os 120 dias solicitados pelo Estado para que o acordo seja firmado. Faria, por sua vez, ressaltou que a construtora aguarda a decisão da Justiça.
A representante da Procuradoria do Estado, Inês Maria dos Santons Coimbra de Almeida Prado, em sua fala também manifestou interesse de postergar a reunião com o Gaorp para que o governo estadual e o MTST consigam entrar em um acordo sobre possível projeto que possa contemplar as famílias que vivem na ocupação.
Na avaliação do presidente do Gaorp, existe um consenso de que a área hoje ocupada não tem condições de abrigar as famílias. No entanto, o juiz fez uma ressalta de que existe a necessidade de um prazo maior para que o Estado e o MTST continuem uma negociação em busca de um terreno que contemple os ocupantes.
Já o representante da Procuradoria de São Bernardo, Frederico Augusto Pereira, afirmou que a desocupação da área não iria interferir nesse processo, ou seja, a PM (Polícia Militar) poderia desocupar o terreno e o Estado e MTST poderiam continuar a negociação paralelamente. (Com informações de Daniel Macário)
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