Distrofia muscular de origem genética, ligada ao cromossomo ‘X’ e de caráter recessivo é uma patologia degenerativa, incapacitante e progressiva.
O gene defeituoso é transmitido simultaneamente pelo pai e pela mãe, que é assintomática, entretanto, cerca de 30% dos casos ocorrem por uma nova mutação genética.
Acomete só o sexo masculino a partir de 4 anos de idade, com diminuição da força muscular nas pernas, e a partir dos 7 aos 12 anos ocorre a parada total de deambulação, devido à degeneração progressiva dos músculos dos membros inferiores.
Afeta aproximadamente um em cada 3.500 nascimentos masculinos/ano ao redor do mundo devido à ausência da distrofina, proteína do complexo distroglicano presente nas fibras musculares.
As manifestações patológicas são disfunções vasculares, fibrose e infiltrado inflamatório no músculo.
Fatores de risco:
Sexo masculino
Hereditariedade
Ausência de uma proteína causada por gene defeituoso a partir de uma mutação genética
Sinais e Sintomas:
Quedas frequentes
Dificuldade para levantar de uma posição deitada ou sentada
Dificuldade com habilidades motores, como correr e saltar.
Andar cambaleante
Grandes músculos da panturrilha
Dificuldades de aprendizagem
Fadiga
Retardo mental
Fraqueza que piora com o tempo
O diagnóstico é feito pelos históricos familiar e clínico, acompanhados de exames físicos. Podem ser solicitados exames laboratoriais de CK (creatina quinase), teste genético, eletromiografia e biópsia muscular.
Saiba mais:
O sexo feminino tem duas cópias dos cromossomos ‘X’, se uma cópia não funcionar tem outra cópia para produzir a distrofina.
Quando tem alteração genética em uma das duas cópias do cromossomo ‘X’ é chamada portadora da DMD (Distrofia Muscular de Duchenne).
Possuem 50% de chance de passar a cada gravidez.
Há 25% de chances de nascer uma criança com DMD.
Cinquenta por cento de chance de o menino ter a distrofia muscular e 50% da menina ser portadora.
A chance de uma mulher que tem um filho com DMD e que não possui nenhum histórico familiar ser portadora é de aproximadamente 2/3.
Nos 1/3 remanescente com a doença a mutação do gene é uma nova alteração genética.
Homens que herdam ou nascem com uma cópia alterada do gene terão a doença.
Se um homem com a patologia tiver filhas, todas serão portadoras.
Níveis elevados de CPK (creatinofosfoquinase) podem ser detectados prematuramente nos primeiros meses de vida.
O exame de sangue para análise do DNA permite o diagnóstico definitivo em 60% a 70% dos casos.
Nos outros 30% é necessário fazer biópsia do músculo para identificar a proteína ausente.
O sedentarismo pode agravar o quadro.
Fisioterapia e a hidroterapia são recursos importantes para controlar a sua progressão.
Cardiomiopatia ocorre em quase todos os casos, começando na pré-adolescência em alguns, e depois dos 18 anos em todos.
Algumas pessoas com DMD vivem após os 30 anos de idade.
Complicações respiratórias e cardiomiopatia são as causas mais comuns de morte.
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