Advogado de S.Bernardo ficará à frente da Fundação até 2019, tendo Adriana Stephan, de S.Caetano, como vice
O advogado Carlos Maciel, indicação de São Bernardo, foi reconduzido à presidência da FUABC (Fundação do ABC) e ficará à frente da entidade até 2019. A decisão foi tomada ontem pela manhã em reunião do conselho de curadores da instituição e por unanimidade.
A vice-presidência será ocupada por Adriana Berringer Stephan, de São Caetano. Santo André ainda não apresentou nome à secretaria geral e tem até janeiro para confirmação de sua indicação.
Maciel comemorou a renovação do mandato. Ele assumiu a presidência da FUABC em setembro devido à renúncia de Maria Bernadette Vianna, de Santo André. O advogado chegou à Fundação em período turbulento, de críticas de atuação, de instabilidade nas contas e de excesso de apadrinhados na entidade regional.
“Acredito que a recondução por unanimidade deve-se à forma de trabalho que adotei na Fundação, com transparência e diálogo, sempre em contato com os conselheiros. Nesses dois meses vejo que caminhamos razoavelmente bem nas propostas que fiz quando cheguei”, celebrou Maciel. “Mas creio que, a partir de agora, terei de me dedicar quase que exclusivamente à FUABC (Maciel acumula o cargo de secretário de Assuntos Governamentais na gestão de Orlando Morando, PSDB, em São Bernardo). Serão pelo menos seis meses de intenso trabalho para colocar tudo em ordem de fato, equilibrar bem as contas.”
A FUABC possui receita de R$ 2,3 bilhões, recurso prioritário das prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Na última legislatura de prefeitos, a ideia foi de expansão das atividades para além dos limites regionais. Foram firmados contratos com cidades da Região Metropolitana e do Litoral. Porém, com a crise econômica, administrações deixaram de efetuar em dia os repasses à FUABC, que não conseguiu assegurar a qualidade do serviço prestado.
Segundo Maciel, esse problema está no caminho de ser equacionado. A principal medida, segundo Maciel, será a de vincular os gastos com fornecedores à cidade atendida.
Atualmente, determinada empresa contratada precisa receber da FUABC. Caso um município não efetue o repasse, a Fundação fica obrigada a pagar esse fornecedor com dinheiro de cidades adimplentes, gerando descompasso nas contas e problemas na prestação de serviços de prefeituras com situação regular.
“Já encaminhamos que o fornecedor ficará vinculado ao orçamento da cidade contratante. Ou seja, se a cidade der calote no fornecedor, essa empresa terá de cobrar diretamente da prefeitura, e não mais da Fundação. Hoje temos um cobertor curto nesse sentido. Dará segurança da nossa operação e, principalmente, impactará positivamente nas nossas contas”, avaliou.
Sobre o apadrinhamento, Maciel confirmou que demissões foram feitas – entre elas a do ex-vereador Moacyr Rodrigues (PSDB), de São Caetano, sogro do vice-prefeito são-caetanense Beto Vidoski (PSDB). Moacyr trabalhava no setor jurídico da FUABC. Outras indicações também foram desligadas. “Houve um entendimento dos prefeitos e não houve estranhamento (com a saída dos apadrinhados). Os prefeitos Paulo Serra (PSDB, Santo André), Orlando e (José) Auricchio (Júnior, PSDB, São Caetano) têm ajudado muito.”
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