Recebidos por secretários, conforme exigiam, invasores não tinham propostas novas para fazer
Cerca de 1.000 integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizaram protesto pelas ruas de São Bernardo, na tarde de ontem. Recebidos por representantes da Prefeitura, conforme exigiam, não tinham novas propostas ou solicitações diferentes das apresentadas em duas oportunidades anteriores. O ato cobrou posicionamento do Executivo em relação às famílias que ocupam terreno particular na Rua João Augusto de Souza, no bairro Assunção, desde 2 de setembro.
Uma comissão formada por seis pessoas, entre elas a coordenadora estadual do MTST e organizadora da ocupação, Andreia Barbosa, se reuniu por volta das 16h com o secretário de Segurança Urbana, coronel Carlos Alberto dos Santos, secretário de Assuntos Jurídicos e Cidadania, José Carlos Gobbis Pagliuca, e o de Gestão Ambiental, José Roberto Gil Fonseca.
O encontro durou cerca de uma hora e, entre as demandas apresentadas, exatamente as mesmas de dois anteriores, destacou-se o pedido de reunião com o prefeito Orlando Morando (PSDB), até o próximo dia 11, data em que está agendada reunião com o Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse). Foi proposto ainda que o chefe do Executivo assine decreto de interesse social para a área, ou que apresente terrenos que possam receber projeto de moradia.
“Viemos demonstrar a força que a ocupação tem. Todas as nossas pautas vão ser apresentadas para o prefeito e vamos esperar atentos a ligação para reunião”, afirma Andreia. O grupo deixou a Ocupação Povo Sem Medo às 14h30 e chegou por volta das 15h ao Paço. A manifestação foi pacífica. Guarda Civil Municipal e Polícia Militar acompanharam.
Independentemente do encontro com Morando, a reunião com o Gaorp é aguardada com otimismo pelo movimento. O objetivo é chegar a acordo para a desocupação, já autorizada pela Justiça. “Nossa expectativa é que saia solução positiva para as famílias. Queremos morar com dignidade”, diz a coordenadora do MTST.
Em nota, a Prefeitura reiterou que não faz parte do processo, pois o terreno em questão é particular. Afirmou ainda que irá participar da reunião com o Gaorp e reforçou que o problema é jurídico, e não administrativo. Ainda segundo o comunicado, a administração conta com programa habitacional próprio, obedecendo os critérios de cadastro.
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