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Amor à profissão move jornaleira de S.Caetano
Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
28/11/2017 | 07:00
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 O desafio de comandar uma banca de jornal no bairro Santa Paula, em São Caetano, foi aceito há sete anos por Lydia Atanasio, 65 anos, que buscava em 2010 complemento na renda da aposentadoria como professora. O amor à atividade, adquirido rapidamente, se aliou ao amor pelos itens que ocupam os quatro metros de espaço físico do local, que carrega o nome de Revistaria Nossa Senhora de Fátima.

Após exercer inúmeras funções na vida, como a de assistente, secretária, revisora de textos e professora de Português e Inglês nas redes municipal e particular de São Caetano durante mais de uma década, Lydia decidiu trabalhar com a venda de revistas em 1994, entre outras atividades.

Em 2010, a oportunidade de adquirir a banca surgiu. Os R$ 40 mil desembolsados na época por ela e pela irmã rendem frutos constantes, e a atividade, que era um desafio, é exercida com sucesso. “Acima de tudo, acredito no amor, dedicação, respeito e harmonia. Estes são sentimentos que te levam a algum lugar”, afirma a jornaleira.

Exemplo desse amor é a relação estabelecida com a constante clientela que circula à frente da banca. Ser psicóloga e se tornar um ombro amigo é tarefa comum a quem fica os sete dias da semana no serviço e, nesse tempo, faz amigos. “É gratificante e adoro trabalhar com pessoas, temos contatos constantes e faço até papel de terapeuta. O hospital é próximo e as pessoas vêm desabafar, e gosto de ouvir, me sinto feliz porque aqui é meu canto. Estou nessa área que é tudo de bom, não troco e não vendo de jeito nenhum”, relata.

Entre óculos, máquina de sorvete, acessórios para celular, cigarros, revistas e jornais, a profissional, que afirma ter “mania de organização”, considera que as bancas de jornal são fundamentais. “É um local onde se vende produtos e as pessoas fazem amizades. Para mim não teria sentido não existir banca. São Caetano é conhecida por ter população mais velha, e estes gostam de vir pessoalmente. Além disso, as guloseimas e álbuns de figurinhas atraem as crianças, que deixam o fluxo grande por conta das escolas”, aponta.

A correria para lá e para cá de Ligia Kanno, 37, sobrinha de Lydia que atualmente pensa em deixar a função de protética para se dedicar totalmente à banca, traduz o sentimento sobre a relevância do serviço ao qual se dedica há três anos. “Para mim é muito diferente do trabalho fechado, porque você lida com o público. Fazemos amizades e participamos da vida das pessoas”, conta.  




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