Política Titulo Funcionalismo público
Após acordo, Santo André cita repor inflação nos anos seguintes

Governo aposta em recuperação econômica e fixa meta de conceder ao menos índice inflacionário

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/11/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), fechou acordo coletivo com o funcionalismo público e, apostando na recuperação financeira em 2018, assegurou reposição salarial da inflação do período na próxima data-base, em abril. Depois de quase dois meses de negociação, o Paço formalizou contraproposta de conceder índice de reajuste deste ano dividido em duas vezes, sendo o pagamento da primeira parcela, de 2%, em janeiro e a outra de 2,57% no início de 2019. A oferta foi aprovada pela maioria dos servidores, em assembleia realizada na terça-feira à noite.

“Considero que houve decisão bastante madura (do Sindserv, Sindicato dos Servidores Públicos), que mostra conhecimento da real situação da cidade”, pontuou Paulo Serra, ao sinalizar “boa perspectiva para o ano que vem” no País e no município, com a inflação controlada e melhora da economia. “O ajuste financeiro (do Paço) permitirá uma folga nas contas, embora longe de dizer que estaremos em estado de normalidade, uma vez que hoje são seriíssimos os problemas orçamentários e das dívidas herdadas. Somados todos esses fatores, compromisso por reposição é meta muito possível de ser concretizada.”

O tucano admitiu que a proposta ofertada “não é de excelência, mas é a possível neste momento”. Segundo o prefeito, existe compromisso de valorização do funcionalismo, e de que não haverá perda salarial no mandato. “Nosso planejamento é de colocar a cidade no rumo do crescimento, e precisamos dos servidores para recuperar isso.”

Secretário de Administração, Fernando Gomes (PSDB) reiterou que a expectativa é de ter condições plenas de quitar novamente a primeira parte do 13º salário no fim de junho e garantir a reposição salarial na data base. “É compromisso meio que moral neste sentido. Isso só não acontecerá se alguma coisa fora de comum quebrar a regra. Pegamos a cidade com R$ 320 milhões de dívidas. Já pagamos R$ 125 milhões. Tendência é conseguir equilibrar o Orçamento.”

O representante legal do Sindserv, Durval Ludovico Silva, frisou ganho de 22% na cesta básica de algumas categorias, subindo de R$ 81 para R$ 100, e aumento do vale-alimentação dos atuais R$ 23,63 para R$ 25 aos que possuem esse benefício, além de quinta falta abonada, por meio de happy day, e falta abonada a plantonistas. “Haverá ainda comissão para estudo do impacto das perdas acumuladas por não ter implementado o aumento.” 




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