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Pré-candidatos em 2018 articulam movimento por voto em andreense

Políticos iniciam ação para conscientizar sobre importância em elevar representatividade municipal

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/11/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Pré-candidatos a deputado em 2018 com reduto eleitoral em Santo André deram pontapé inicial a uma mobilização por voto em postulantes da cidade. Por convite do vereador Professor Minhoca (PSDB), almoço para articular essa ideia foi realizado ontem com a participação de oito cotados, entre eles o deputado estadual Luiz Turco (PT), a ex-vice-prefeita Oswana Fameli (PMB) e o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). A proposta tem como objetivo sensibilizar o eleitorado, de 569,6 mil moradores, sobre a importância para o município em se elevar a representatividade política junto a projetos pleiteados nos governos paulista e federal, evitando assim sufrágios em nomes de forasteiros ou nulos e brancos.

Os secretários municipais Edson Sardano (PTB, Segurança) e Marcelo Chehade (PSDB, Esportes), além dos vereadores Pedrinho Botaro (PSDB) e Tonho Lagoa (PMB) também estiveram no encontro. Turco é o único parlamentar hoje com território eleitoral em Santo André. Obteve 42,6 mil votos na cidade – 68.670 no total. A região elegeu quadro de nove representantes. Seis deles, contudo, com domicílio em São Bernardo e outros dois em Mauá. No pleito à Assembleia, cinco nomes do município ficaram entre os dez mais lembrados nas urnas locais. Para federal, dentro deste mesmo contexto, apenas quatro integraram a lista.

“Com alta demanda de projetos, Santo André precisa fazer diferente. Conseguimos aqui (no ato) misturar água com óleo, esquerda, direita e centro reunidos, dando começo à raiz dessa base de pensar a cidade. Trazer mais recursos (emendas ao Orçamento, por exemplo) para reforma de escolas, apoio na Saúde, investimentos em Segurança”, pontuou Minhoca, ao sinalizar proposta de fazer peça de divulgação – para veiculação, a princípio, nas redes sociais – no início do ano que vem com a ideia central de se votar em candidatura do município.

Turco alegou que a cidade perde força para viabilizar projetos diante deste baixo patamar de representatividade. Exemplificou que “única voz”, ainda de oposição, pouco pode pressionar pela pavimentação de propostas, como a liberação de verba para tirar do papel o parque tecnológico. “Se temos três, quatro deputados, de fato, daria mais prestígio. É encarado de outra forma. Tem que existir envolvimento, mas também de lá (sociedade civil organizada) para cá.”

Apesar de ponderar sobre o momento de credibilidade da classe política, Sardano sugeriu que o eleitorado “não pode votar com o fígado”. “O voto não pode ser instrumento de vingança, de apenas desabafo, senão os quatro anos seguintes são de lamentação.”

Na última empreitada à Câmara Federal, Celso Russomanno (PRB) registrou 27 mil votos em Santo André. O humorista Tiririca (PR) angariou 15 mil adesões, enquanto Bruno Covas (PSDB), atualmente vice-prefeito da Capital, recebeu 8.542 sufrágios e o Pastor Marco Feliciano (PSC), 7.054 – todos foram eleitos à época. Neste rol, os nomes mais lembrados da cidade ficaram de fora do Parlamento, como o próprio Aidan, o ex-deputado Vanderlei Siraque, então no PT, Roberto Rautenberg, ainda no PTB, e Ailton Lima (sem partido, na oportunidade no SD).

A região já chegou a contabilizar bancada, entre federal e estadual, com 13 parlamentares, a exemplo de 1994, quando registrou a eleição de cinco ao Congresso. No caso, dois representantes na Câmara Federal eram de Santo André (Celso Daniel, do PT, e Duílio Pisaneschi, do PTB), enquanto outros dois, estaduais (Professor Luizinho, do PT, e Israel Zekcer, do PTB). Coincidência ou não, no ano em questão, o Fórum de Cidadania do Grande ABC encabeçou, com endosso do Diário, campanha com mote Vote no Grande ABC. 




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