Problemas financeiros fazem companhia de teatro promover bazar e entregar sede
O Universo Cultural da Matilde, em São Caetano, fechará as portas no fim de semana. É que o centro cultural, que deu início às atividades há nove anos e abrigou durante todo este período espetáculos da Cia da Matilde e inúmeras outras manifestações artísticas, passa por problemas financeiros e não consegue mais sustentar os custos da sede.
O diretor da companhia, Erike Busoni, diz que até o ano passado o local sobreviveu por contar com apoiadores, alguns de grande porte. “O patrocínio acabou em 30 de agosto de 2016 e, de lá para cá, não conseguimos renovar. Com essa crise econômica que o País vem passando, ninguém aceita conversar. Tentamos manter (o espaço) durante todo este período com shows, com atividades, mas o público caiu absurdamente.” Em apresentações que antes ele conseguia atrair até 200 pessoas, hoje não chegam a 80.
A falta de recursos gerou uma dívida, que ele e os outros integrantes da companhia tentarão sanar com a venda de tudo que faz parte do centro cultural. “É muito triste, mas o que eu posso fazer? Vivemos em um mundo onde o mercado é cruel. Não existe um culpado. A responsabilidade não é desse ou daquele, é do momento que a gente vive.” E completou: “O grupo permanece, mas sem espaço. A Matilde fecha, mas não para”.
O bazar, que venderá figurinos, cenários, entre outras coisas que fazem parte da história do espaço, será amanhã e domingo, das 10h às 17h, na Rua Senador Vergueiro, 551, em São Caetano.
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