Gerente-geral da empresa estatal Petroecuador, Byron Ojeda afirmou na terça-feira em entrevista coletiva que já começaram as conversas e que os interesses do país serão defendidos. Ojeda acrescentou que as perdas para o Equador crescem a cada dia por causa dos contratos, mas que enquanto não houver solução para as divergências continuarão as entregas do produto como combinado.
As companhias Petrochina e Unipec, ambas da China, e a PetroTailandia entregaram desde 2011 cerca de US$ 5,3 bilhões ao Estado equatoriano, em troca de uma parte da produção futura de petróleo, segundo uma fórmula que agora é questionada pela companhia equatoriana.
Na época, estava no poder o presidente Rafael Correa, que buscava fontes alternativas de financiamento para levar adiante um ambicioso programa de infraestrutura. Correa considerou esses negócios não como uma dívida, mas sim como uma pré-venda de petróleo.
Uma recente avaliação dos termos do convênio, porém, mostrou que o valor gerado pelo petróleo equatoriano no acordo chegaria a US$ 22 bilhões. Diante disso, os principais executivos da Petroecuador foram na semana passada a Houston, nos Estados Unidos, para renegociar com representantes da Petrochina e da Unipec. Na próxima semana farão o mesmo com a PetroTailandia.
O Equador é integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e vende petróleo para financiar cerca de um quarto de seu orçamento fiscal, ou cerca de US$ 7,5 bilhões. Fonte: Associated Press.
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