Política Titulo Santo André
CDHU rebate e diz ter informado modelo ao Centreville
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/10/2017 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Em resposta ao protesto da semana passada de líderes da associação do Centreville, em Santo André, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) garantiu que apresentou aos moradores do bairro, em reunião em agosto, modelo de pagamento pelos terrenos.

O processo de regularização do Centreville se arrasta há três décadas. Ainda de acordo com a CDHU, neste encontro, que envolveu representantes da Prefeitura e da Câmara, além de integrantes da associação dos residentes, ficou definido que o metro quadrado do terreno custará R$ 367,66.

As famílias terão prazo de até 30 anos para quitar a área e será cobrado, conforme as tratativas, até 15% de sua renda. Se a prestação mensal exceder esse percentual, a companhia irá subsidiar a diferença. “Por exemplo, uma família que mora em um terreno de 100 metros quadrados irá pagar uma prestação de aproximadamente R$ 100. Os representantes dos moradores se mostraram favoráveis à proposta, mas é necessário que seja apresentada e aprovada por todas as 1.280 famílias identificadas no bairro”, pontuou a empresa estadual.

Na semana passada, liderado pela vice-presidente da associação de moradores do Centreville, Marilda Brandão (PMB), o grupo reclamou de modificações na forma de pagamento e que essas alterações só foram informadas há um mês. Segundo ela, um dos principais pontos negativos do contrato é que se o morador atrasar três meses o pagamento do acordo corre o risco de perder a propriedade. “Caso alguém fique desempregado, por exemplo, caindo na inadimplência no período, pode ter o imóvel tomado.”

No sábado, quando foi publicado decreto no Diário Oficial que aprova de forma definitiva o parcelamento da área perante o município, o secretário de Habitação de Santo André, Fernando Marangoni (DEM), tentou amenizar a situação, dizendo que a CDHU estará aberta para renegociar “a qualquer momento”.

O presidente da associação, Tarcisio Calé, admitiu divergências sobre o modelo, mas que “algumas pessoas querem tumultuar” o andamento do acordo por questões ideológicas. 




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