Cena Política Titulo
Escanteados agora são bajulados em Diadema
Raphael Rocha
18/10/2017 | 07:00
Compartilhar notícia


Depois de conquistar a reeleição em 2016, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), decidiu reformular seu primeiro escalão e escanteou diversos aliados que o ajudaram a chegar ao poder em 2012. A personificação da estratégia foi oferecer cargos de menor destaque a Joeder Souza e Gesiel Duarte, que foram assessores de Lauro ainda na Câmara e que, no primeiro mandato, foram secretários. Menos de um ano depois, esse grupo voltou a ser requisitado por quem anda lado a lado com o prefeito e que tem pretensões eleitorais. O vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV), a secretária de Habitação, Regina Gonçalves (PV), e o presidente da Câmara, Marcos Michels (PSB), querem ser candidatos a deputado estadual e têm procurado com insistência tanto Joeder quanto Gesiel. Curiosamente, essas figuras pouco agiram quando Lauro, às vésperas da eleição de 2016, decidiu minar o PP, partido montado pela dupla, para reforçar PV e PSB. Embora publicamente não reclamem, ambos não escondem o descontentamento com toda situação.

BASTIDORES

Firme e forte
Vereador licenciado e secretário de Esportes em Santo André, Marcelo Chehade (PSDB) assegura que manterá o projeto de se lançar à Assembleia Legislativa no ano que vem. Ontem, esta coluna mostrou que o núcleo duro do governo de Paulo Serra (PSDB) vislumbra trabalhar com a dobrada Professor Minhoca (PSDB) a federal e Pedrinho Botaro (PSDB) a estadual. Segundo Chehade, o próprio prefeito tem elogiado seu trabalho à frente da Pasta e incentivado a construção desse projeto político. “O Paulinho disse que minha candidatura é viável. E nada impede que haja mais de uma candidatura pelo PSDB em Santo André, já que o modelo (de eleição) continuou igual”. Chehade ainda lembrou que cumpriu missão partidária em 2010, quando saiu candidato a deputado federal mesmo sem estrutura, “para ajudar o partido” – recebeu 12.137 votos. “Agora tenho mais chances de ganhar”, ressaltou, lembrando que é a executiva estadual que dará aval aos projetos eleitorais.

Sabesp e o Grande ABC
O comportamento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) nas discussões envolvendo as cidades do Grande ABC tem chamado atenção de quem acompanha de perto os debates sobre a cobrança de dívidas bilionárias e as costuras de acordos. Em Mauá, o prefeito Atila Jacomussi (PSB) apresentou proposta autorizando gestão compartilhada para tentar abater o passivo. Segundo a Sabesp, o caso ainda segue em análise, sem nenhum prazo para que haja um posicionamento oficial. Em Santo André, dizem que a conversa travou depois de meses de avanço – alguns falam até que o debate voltou à estaca zero. Coincidência ou não, diversas reuniões foram marcadas e desmarcadas entre as partes.

Mesma mesa
No mínimo inusitado o encontro de ontem à noite no Palácio dos Bandeirantes. A agenda oficial era tratar sobre a abertura de uma unidade do Bom Prato em São Bernardo, mas o fato é que o debate reuniu dois potenciais candidatos ao governo de São Paulo pelo PSDB – o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e o secretário de Desenvolvimento Social do Estado, Floriano Pesaro – na mesma mesa que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), justamente quem pode dar a bênção pelo futuro postulante tucano ao Executivo paulista. Nos bastidores, dizem que Alckmin trabalha pela candidatura do cientista político Luiz Felipe D’Ávila, que, por sua vez, não conta com a simpatia do tucanato. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;