O montante de tributos pagos pelos brasileiros teve crescimento nominal – sem descontar a inflação – de 8% ao longo dos 12 meses encerrados em 14 de setembro. Os tributos que mais tiveram a arrecadação ampliada foram os estaduais. É o que aponta levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), com base no Impostômetro, painel digital situado no Centro da Capital que contabiliza o recolhimento tributário minuto a minuto.

No dia 14, o Impostômetro registrou a marca de R$ 1,5 trilhão arrecadado em impostos municipais, estaduais e federais. Um ano atrás, o montante era de R$ 1,39 trilhão.

Os tributos estaduais foram os que mais cresceram (10,2%). Já os municipais avançaram 7,7% e, os federais, 7,1%. “Além do efeito da inflação e da retomada da atividade econômica, a recuperação do consumo levou à melhora da arrecadação porque o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) é o principal tributo dos Estados, e incide fortemente sobre as vendas do varejo e serviços públicos como energia e gás”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).

Segundo ele, outros fatores foram os reajustes de alíquotas por parte de alguns Estados; o crescimento do lucro de empresas; aumentos de salários e de número de contribuintes, o que incrementa a arrecadação da Previdência Social.

“A retomada das vendas de veículos ajuda na arrecadação do IPVA. E é válido lembrar que os automóveis têm alíquotas mais elevadas do que caminhões e utilitários”, diz Burti.

No dia 2, o Impostômetro registrou R$ 1,6 trilhão. Ainda neste mês, o painel mostrará a marca de R$ 1,7 trilhão. O levantamento foi encomendado pela ACSP ao IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). Mais informações podem ser obtidas em www.impostometro.com.br.