A Frente Parlamentar em Prol dos Moradores do Condomínio Barão de Mauá, da Assembleia Legislativa, vai pedir que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) antecipe o parecer do relatório de investigação detalhada da contaminação do Condomínio Barão de Mauá, em Mauá. Os deputados estaduais do grupo pediram para ter acesso ao documento, que é público.

A Cetesb anunciou que recebeu o relatório no dia 20 e que deve levar de 30 a 45 dias para analisar todo o conteúdo. A investigação desenvolvida pela empresa Geoklock, que tem 6.000 páginas e está dividida em seis volumes, foi entregue pela Cofap, que utilizava o terreno como depósito de lixo industrial antes de o condomínio ser construído no local.

"Estamos agendando reunião com o presidente da Cetesb para pedir que o parecer seja adiantado. E também com o Tribunal de Justiça para pedir que o relatório seja incluído no caso, antes da sentença final, prevista para sair até maio", declarou a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). A parlamentar integra a comissão formada no dia 20, quando foi lembrado o aniversário de 10 anos do acidente que matou o microempresário Geraldo Riviello, 37 anos, e feriu gravemente seu ajudante, Marcos Vinícius Ferreira, atualmente com 30 anos, que teve 25% do corpo queimado. Ambos faziam manutenção de uma bomba d'água e foram surpreendidos por forte explosão.

Laudos da Cetesb comprovaram que havia a presença de elementos químicos altamente tóxicos e explosivos, como o gás metano, no local.

Nos últimos anos, diversos moradores têm relatado problemas de saúde como alergias e câncer de pele. Os moradores, o ajudante que sobreviveu ao acidente e a viúva do microempresário, Maria Francesca Gigliotti Riviello, 41, aguardam decisão da Justiça sobre indenizações.