De um lado, um motor que pode quebrar a qualquer momento. De outro, um carro que ainda não se entende perfeitamente com seus novos pneus. As favoritas Ferrari e McLaren abrem os treinos livres para o GP da Malásia, hoje à noite em Sepang, cheias de preocupações e dúvidas. O líder do Mundial, Kimi Raikkonen, vai para a pista com a pulga atrás da orelha. Seu motor terminou a prova de abertura do campeonato, na Austrália, com o ponteiro da temperatura no vermelho. Não se sabe se vai agüentar o tranco em Sepang. Se tiver de ser trocado, ele perderá dez posições no grid.
O vice-líder, Fernando Alonso, nem participou dos três dias de testes na pista malaia na semana passada. Depois da corrida de Melbourne, voltou à Europa e se enfurnou na sede da McLaren na Inglaterra para estudar, com os engenheiros do time, uma maneira de não acabar com os pneus traseiros antes do tempo. “É nossa maior deficiência no momento”, admitou Martin Whitmarsh, principal executivo da equipe.
Várias simulações foram feitas nos computadores de Woking e o túnel de vento do time não parou de funcionar um segundo sequer. “Nosso resultado na Austrália foi bom, porque em começo de temporada o mais importante é somar pontos. Mas estamos atrás da Ferrari e precisamos reverter isso logo”, disse o espanhol, o segundo na Austrália.
O novato Lewis Hamilton, da McLaren, demonstrou humildade e afirmou não estar iludido com o desempenho apresentado na primeira etapa da Fórmula 1, quando terminou em terceiro lugar. “Foi um início de sonho para mim na Austrália, mas sou realista. Sei que o automobilismo é imprevisível e que as coisas não vão sempre bem”, disse o inglês que por causa de sua performance estimulou o aumento da venda de ingressos para o GP de Silverstone.
A primeira sessão de treinos livres na escaldante Sepang começa às 23h de hoje, pelo horário de Brasília. O grid será definido à meia-noite de amanhã. A corrida, que terá sua largada às 4h do domingo, marcará a estréia de um novo sistema de identificação dos pneus da F-1. Como neste ano todo piloto é obrigado a usar, na corrida, os dois tipos de compostos disponíveis, a Bridgestone resolveu pintar de branco uma das ranhuras dos pneus para indicar o mais macio. Na Austrália, uma bolinha branca foi pintada na lateral do pneu. Mas ninguém conseguiu notar a diferença entre um e outro.
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