Quatro das exposições têm foco no Brasil, com individuais de Anna Maria Maiolino (no MOCA, Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles) e Valeska Soares (Museu de Arte de Santa Bárbara), Xerografia: Copyart in Brazil, 1970-1990 nas Galerias da Universidade de San Diego, com participação de artistas como Paulo Bruscky e Eduardo Kac, e Axé Bahia: The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis, no Museu Fowler na Universidade da Califórnia - Los Angeles, com obras de Mário Cravo Neto, Pierre Verger e Rubem Valentim, entre outros. Artistas brasileiros, como Hélio Oiticica, Lygia Clark, Jonathas de Andrade e Rivane Neuenschwander, participam de outras 16 mostras, como Making Art Concrete: Works from Argentina and Brazil in the Colección Patricia Phelps de Cisneros, no Getty Center, e Radical Women: Latin American Art, 1960-1985, no Hammer Museum.
Havia outras razões para a escolha da América Latina como tema. "Quase metade da população de Los Angeles vem de algum lugar da América Latina, principalmente do México e da América Central, mas também de outros países, incluindo o Brasil. E em termos de história da arte foi algo que não teve a atenção que merecia. E o Getty sempre foi focado em pesquisa", explica ainda Joan Weinstein.
Em 2013, as instituições começaram a apresentar seus projetos de pesquisa, desenvolvidos ao longo de dois anos, com um orçamento total de US$ 16 milhões. "Não tentamos definir o que é arte latino-americana, porque na verdade não existe a América Latina. Não é um continente, não é um país. Queremos levantar questionamentos. Quanto essa identidade latino-americana é imposta? Como os artistas lutam contra isso? No caso do Brasil, faz parte da América Latina? Os artistas estão em contato com artistas de outros países?", informa a vice-diretora da Fundação Getty.
Pacific Standard Time: LA/LA começou a ser produzido muito antes da atual polêmica sobre imigração e um presidente norte-americano que defende a construção de um muro separando os Estados Unidos do México. "Mas não poderíamos acontecer num momento melhor. Mostrar essas relações e identidades complicadas nos força a pensar nessas coisas. Se conhecemos outros contextos, ficamos mais interessados em construir pontes do que muros", acrescenta Joan Weinstein.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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