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O metalúrgico do Jardim Farina que veio de Matão

José de Gaspar é de Matão (SP). Chegou em São Bernardo em 1961 e em 16 de novembro de 1963 mudou-se para o Jardim Farina

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
25/05/2011 | 00:00
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José de Gaspar é de Matão (SP). Chegou em São Bernardo em 1961 e em 16 de novembro de 1963 mudou-se para o Jardim Farina. Uma data inesquecível. Naquele dia, Sr. José iniciava uma fase de sua vida que se prolonga até hoje.

Ao nos receber em companhia dos jovens historiadores do Farina, Sr. José contou que o bairro foi loteado por Mário Farina (daí o nome) e seu genro, José Baroni. Tudo estava para ser feito neste verdadeiro prolongamento da Vila Baeta Neves, pelos lados da Rua dos Vianas, que era um antigo caminho de penetração ao Sitio dos Vianas, de chão socado, em zigue-zague.

José Gaspar chegou do Interior com a carteira profissional em branco. Trabalhou muito em São Bernardo. Começou na Wheaton, passou pela Scania, ingressou na Volkswagen, Ford e permaneceu durante 29 anos na Mercedes-Benz. Aposentou-se, em 1991, como encarregado de produção. Continuou no emprego até o ano seguinte, parando em 16 de outubro de 1992 - não quis ser transferido para a Argentina. São Bernardo era a sua cidade.

Casado desde 1966 com dona Maria Aparecida, tem dois filhos, Shirlei e Ricardo Lozano Gaspar. 

AMANHÃ EM MEMÓRIA
Dona Joselina veio da Bahia; os netos nasceram no Farina. 

legenda da foto: Meninos brincando na Rua Antonio Próspero: a poucos minutos do Paço Municipal, Jardim Farina é um bairro de vizinhança 

 

11° CONGRESSO DE HISTÓRIA DO GRANDE ABC 

Diadema 

Começa hoje à noite, a partir das 19h30, o 11° Congresso de História do Grande ABC, com várias atividades:

1 - Música, com o grupo Seresteiros.

2 - Lançamento do livro Biografia das Ruas de Diadema: em Cada Esquina uma História. Autor: Walter Adão Carreiro.

3 - Lançamento do livro Catadores de Lixo: Narrativas de Vida, Políticas Públicas e Meio Ambiente. Autor: José Amilton de Souza.

4 - Abertura da exposição Rememória: Congressos de História do Grande ABC, 1990-2009. 

O CONGRESSO
Quando: hoje, amanhã e sexta-feira. Local: Centro Cultural de Diadema. Endereço: Rua Graciosa, 300. Telefone: 4043-0700. Inscrições (gratuitas): podem ser feitas na hora. E-mail: congressodehistoriadoabc@gmail.com. Apoio cultural: Diário.

PASSEATA DO SILÊNCIO 

E vem o regime militar
Depoimento: Enio Campoi

Naquele início da década de 1960 estava sendo criada uma grande plêiade de líderes no Brasil. Nós (de São Caetano) éramos alguns deles, graças à nossa próxima situação geográfica, populacional. A história acabou bloqueando essas competências que nós representávamos com o advento do regime militar, que capou as lideranças no País. Ao governo ditatorial não interessava haver líderes. Eles queriam ter o domínio. Eles foram esvaziando a gente. Não permitiram que a gente fosse em frente. Eu fui fichado por coisas absurdas. Fiquei sabendo anos depois, graças a uma pessoa do Dops.

  

PARÓQUIA SANTO ANDRÉ 100 ANOS 

Notícias da Matriz de Santo André
Texto: padre Danilo José Ravanello
 

É mantido hoje na Paróquia Santo André o Apostolado da Oração. São mães que rezam pelos filhos e pelos sacerdotes. Existem a oficina de oração e vários outros grupos do gênero. Outra pastoral em formação é a das Vocações (continua).

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 24 de maio de 1981 

Teatro (Ulysses Cruz) - Com Chiarelli morre parte da história do teatro da região.

Ciência e Tecnologia (Diógenes Silva) - A duração da vida.

Esportes (Lola Nicolás) - Natação da região expõe todos os seus problemas.

História - A Vila de João Ramalho ficava em Santo André, garante o historiador Wanderley dos Santos.

Música - Grupo Raza Índia no Cacilda Becker, em São Bernardo.

Social (Chiquinho Palmério) - O encontro dos contadores de 1956 da Escola Técnica de Comércio Senador Flaquer.

Crônica 1 (Roterdan Cravo, pseudônimo do jornalista Fausto Polesi, diretor de Redação e editor-chefe do Diário) - Já que a onda leva a gente, aconselho aceitar o balanço.

Crônica 2 (Guido Fidelis) - O crime de ontem não importa desde que a grana seja a de hoje.

HOJE 

Dia do Trabalhador Rural, Dia da Indústria e do Industrial, Dia da Costureira, Dia do Massagista. Lembranças de Mário Romano, o massagista de São Caetano, 50 anos de atividades ininterruptas, Dia da África e Dia Nacional da Adoção.

SANTOS DO DIA 

Beda (o Venerável), Gregório VII e Maria Madalena de Pazzi.

Santa Maria Madalena. Carmelita italiana. Nasceu e viveu em Florença (1566 - 1607).

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: www.paulinas.org.br .

FALECIMENTOS

SÃO BERNARDO

Maria Lopes Rodrigues, 90. Natural de Caturama (BA). Dia 22. Cemitério da Paulicéia.

Antonio Aparecido Rodrigues Fortes, 66. Natural de Itaoca (SP). Dia 22. Cemitério dos Casa.

Manoel Alves de Oliveira, 63. Natural de Uruçuca (BA). Dia 21. Cemitério dos Casa.

João Francisco dos Santos, 54. Natural de Cipó (BA). Dia 20. Cemitério dos Casa.

Luis Antonio Bernardi, 49. Natural de Catanduva (SP). Dia 2. Cemitério da Paulicéia.

Simone Gomes de Sousa, 45. Natural de São José de Ribamar (MA). Dia 12. Cemitério Municipal de Cantanhede (MA).

Jorge Luiz Vieira, 44. Natural de Urussanga (SP). Dia 18. Cemitério do Baeta.

Auzeni Francisca Chaves Bem, 43. Natural de Eunápolis (BA). Dia 11. Cemitério Jardim da Colina.

Sérgio do Amaral de Sá, 40. Natural de São Bernardo. Dia 11. Cemitério da Paulicéia. 

SÃO CAETANO

(Cemitério da Cerâmica)

Raimundo Nonato da Silva, 83. Natural de Mossoró (RN). Dia 19.

Orlando Checchetto, 74. Natural de São Paulo (SP). Dia 22.

Ana Mônica Pavan, 69. Natural de São Paulo (SP). Dia 16.

Maria Alzerina Cavalcanti, 68. Natural de Venturosa (PE). Dia 21.

Odimauro Cassiano de Sant'Ana, 66. Natural de Ariranhas (SP). Dia 18.

Antonio Marmo Pereira Barros, 59. Natural de Jambeiro (SP). Dia 18. 

(Cemitério das Lágrimas)

Reginaldo da Cruz Porto, 51. Natural de São Bernardo. Dia 18 em São Bernardo.

Rosélia Simão da Silva, 36. Natural de Souza (PB). Dia 12.

EVA GRINFELD
(Danilovich, Polônia, 21-4-1912 - Santo André 11-5-2011)
 

Com 16 anos, em 1928, Eva veio para o Brasil, em companhia da irmã Regina. Elas foram acolhidas por uma tia, Suzana, a Rainha do Café, casada com Álvaro de Souza Oliveira. As duas passaram a viver numa fazenda de café em Lins, Noroeste Paulista, aprenderam a Língua Portuguesa e iniciaram nova vida.

Foi em Lins que Eva conheceu o marido, Strul Betis, romeno chegado ao Brasil em 1924. Tiveram dois filhos, Martha, nascida em São Paulo em 1935, e Paulo Betis, de Lins, nascido em 1944. Naquele tempo, o pai, Strul Betis, era empresário, com fábrica de móveis em Lins.

Um tio que já morava em Santo André convidou a família a mudar-se para cá, o que ocorreu em dezembro de 1954. Strul Betis montou na Rua Coronel Oliveira Lima a Mercearia Linense.

"Minha mãe era alegre, superboazinha, nunca bateu nos filhos. Gostava de cantar em russo e polonês. Nunca mais voltou para a Polônia", relata o filho Paulo Betis, nosso ex-colega no Diário.

Strul Betis partiu em 1990. Eva Grinfeld parte agora, aos 99 anos. Está sepultada no Cemitério Israelita do Embu das Artes.




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