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Oposição sugere criação de CPI para investigar Saúde em Santo André

Movimentação se dá depois de tentativa de barrar convocação de secretários da gestão Paulo Serra

Humberto Domiciano
do Diário do Grande ABC
18/08/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


A oposição ao prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), cogita pedir abertura de CPI para investigar o fechamento de sete unidades de Saúde no município, efetuado no início de agosto.

Na visão da bancada petista, a estratégia governista de obstruir os trabalhos do Legislativo e impedir assim a aprovação de requerimento para convocação da secretária da Pasta, Ana Paula Peña Dias, justifica a instalação da comissão.

“Algo está obscuro e queremos saber o que acontece. Temos outros vereadores que querem assinar. Não sabemos os custos do programa, faltam informações sobre o processo de licitação e a população está no escuro sobre esse tema”, criticou o vereador Willians Bezerra (PT).

Para instalar uma CPI na Câmara de Santo André são necessárias sete assinaturas. A bancada petista é formada por cinco vereadores e caberia ao grupo buscar outras adesões para apresentar o pedido. Nos bastidores, dizem que Sargento Lobo (SD) e Toninho de Jesus (PMN) estariam dispostos a rubricar o documento, o que garantiria a abertura da apuração interna.

Para Lobo, o instrumento pode ser positivo para o esclarecimento de dúvidas dos parlamentares. “Apresentar uma CPI é para entender e colaborar em um processo. Se tiver a necessidade de adotar procedimento mais duro, eu assinaria. A Câmara gosta de ouvir e quer falar”, defendeu.

Por outro lado, o líder de governo, Pedrinho Botaro (PSDB), rebateu a possibilidade de criação de CPI para investigar a reforma das unidades de Saúde. “O PT sabe bem que a palavra CPI é uma tentativa de se fazer política. O governo tem dado publicidade ao programa e os problemas na área são antigos. Mas acho que se for uma comissão sobre Saúde tem que olhar tudo, inclusive o passado”.

Já o presidente da Câmara, Almir Cicote (PSB), acredita que a visita da secretária Ana Paula ao Legislativo resolveria o impasse. “Já faz três semanas que não votamos nada. Acredito que seria razoável da parte dela vir até a Câmara e explicar o programa, no sentido de preservar o projeto, que é excelente, mas que, por uma condução equivocada, pode não ter a mesma visibilidade”, completou o socialista.

As atividades na Câmara estão paradas praticamente desde o retorno do recesso, no dia 1º. Neste período apenas um projeto foi votado e mais de 100 requerimentos não foram apreciados, entre eles a convocação do secretário de Gestão Financeira, José Grecco, para prestar esclarecimentos sobre a atualização da PGV (Planta Genérica de Valores), aprovada em junho.

Integrantes da base aliada entendem que a obstrução só gera desgaste para o governo e que haveria orientação para que os vereadores barrassem qualquer convite para secretários irem até a Câmara, principalmente da secretária Ana Paula. 




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